Operação prende 12 suspeitos de golpes contra idosos em seis Estados
Doze pessoas foram presas na manhã desta terça-feira, em uma operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Curitiba (PR), suspeitas de integrar uma quadrilha que aplicavam golpes contra idosos.
Segundo o Gaeco --força-tarefa do Ministério Público e das polícias Civil e Militar-- o grupo agia há vários anos em seis estados: Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro.
Nos golpes, o grupo informava aos idosos que eles tinham valores a receber pela compra de ações do Fundo 157, espécie de fundo de ações criado pelo governo militar, no final da década de 60, que permitia que contribuintes aplicassem parte do que deviam em imposto de renda na compra de ações e debêntures (títulos de longo prazo). O alvo preferencial da quadrilha eram pessoas nascidas nas décadas de 30 e 40.
Entre as prisões, sete foram feitas em Curitiba (PR), uma em Colombo (PR), uma em Joinville (SC) e três no Guarujá (SP), a partir de mandados de prisão temporária expedidos pela Justiça do Paraná.
Golpe
Para aplicar os golpes, o grupo telefonava para as vítimas simulando serem das empresas Usiminas ou Cosiminas, de Minas Gerais, e obtinham dados pessoas. Com as informações, os criminosos ligavam novamente aplicando o golpe do Fundo 157 e pediam para que os idosos ligassem para um telefone, informando se tratar de uma empresa que faria assessoria no recebimento do dinheiro. Cada golpe rendia ao grupo entre R$ 7 mil e R$ 51 mil.
Para resgatar o dinheiro, as vítimas eram informadas de que tinham de pagar primeiro o valor relativo ao imposto de renda e taxas. Esses valores eram depositados em contas bancárias de laranjas e sacados ou transferidos para outras contas.
Segundo as investigações, a quadrilha atuava com uma organização empresarial, chefiada no Guarujá, mas tinha agentes em Carapicuíba (SP), e Curitiba. Os membros recebiam treinamento para aplicar os golpes e ganhavam comissão sobre o resultado das ações.
Investigações
A investigação no Paraná começou após denúncia feita por uma vítima ao Gaeco de São Paulo. Ela contou que pagou quase R$ 52 mil a pretexto de receber uma quantia superior a R$ 177 mil em ações preferenciais da Usiminas.
Após as investigações, duas pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público do Paraná em 11 de setembro. Célio Roberto Alves Rolim e José Alexandre Monteiro respondem por como estelionato, formação de quadrilha, falsificação de documentos e falsidade ideológica na 7ª Vara Criminal de Curitiba. Os dois foram presos.
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Emidio Campos
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