quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Laudo isenta construtora em incêndio em condomínio

O Corpo de Bombeiros divulgou ontem os resultados dos laudos operacionais e de engenharia que tratam do incêndio ocorrido no último dia 16 de setembro, no condomínio Alto do Tirol, que durou cerca de quatros horas e destruiu o apartamento 1101, de propriedade do engenheiro Erikson Oliveira. A corporação afirmou que o prédio da construtora Conisa não apresentou nenhum problema estrutural que dificultasse a operação. O diretor de Engenharia e Operações, Coronel Carlos Kleber Barbosa, preferiu não detalhar o que teria causado a demora no combate ao incêndio, e informou que o laudo apontando as causas do incidente deve ser emitido pelo Instituto Técnico e Científico de Polícia (Itep). Os moradores já estão autorizados pelos Bombeiros a voltar para os apartamentos, visto que todo sistema de segurança contra incêndio já foi recuperado. 



Após susto, moradores estão autorizados a retornar a seus apartamentos Foto: Fábio Cortez/DN/D.A Press
Durante o trabalho dos bombeiros no Alto do Tirol foi constatado o não funcionamento da alta plataforma aérea e falta de máscaras para osbombeiros - um soldado ficou ferido com queimaduras de terceiro grau. Segundo o coronel, a escada não funcionou porque a rua onde fica o prédio é uma ladeira e o equipamento só consegue ser acionado em local plano. A plataforma pode chegar até o 17º andar de um prédio, acima dessa altura, outras normas vigoram para o condomínio ter licença, entre elas, que o combate ao fogo deve ser feito através da estrutura do prédio com ajuda, por exemplo, de um elevador anti-incêndio.

"No momento em que ele adentrou deveria estar sem o equipamento de segurança, em especial as luvas. Mas isso também está no relatório. O risco é inerente da profissão", declarou o Kleber sem dar mais detalhes sobre o caso do soldado Vilar. O bombeiro teve queimaduras de terceiro grau nas pernas e nas mãos e permaneceu internado 12 dias no Hospital Walfredo Gurgel. O soldado bombeiro está fazendo fisioterapia porque o fogo atingiu parte dos músculos e ele está com problemas para movimentar os membros.

Sobre a falta de máscaras, o representante da corporação lembrou que no primeiro momento - naquele dia em Natal alguns ônibus foram queimados - por causa dos trotes, não era possível saber o tamanho do incêndio, por isso não foram enviados equipamentos para todo mundo. Porém, o coronel não nega que exista necessidade de se adquirir mais equipamentos. "Há uma necessidade de reaparelhamento e isso foi apontado no relatório operacional, no qual são apontadas possíveis soluções para esses problemas", relatou o coronel.

Apesar de não ter disponibilizado os laudos para imprensa, o coronel Kleber reforçou que os problemas ocorridos na operação estão documentados e servirão como base para não se produzir novos erros.
Demora 
A primeira informação do incêndio chegou ao Corpo de Bombeiros às 4h32 e a última viatura voltou para corporação às 19h30, desse total de horas, pelo menos 2h30 foram de rescaldo do local. O coronel Lisboa disse que o tempo da ocorrência poderia ter sido menor se a vazão dos hidrantes públicos tivesse funcionado de maneira mais rápida, se a apenas a energia do prédio tivesse sido cortado e não a de todo quarteirão todo, entre outro fatores. Kleber preferiu não apontar culpados e reconhece que " o comando do incidente foi falho". 

Emidio Campos
Gestor de Segurança
http://segurancadecondominio.blogspot.com
E mail - segurancaprivadasp@gmail.com

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Emidio Campos
Gerente de Planejamento
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E mail - comercial@leoneservicos.com.br