Antes que você
comece a ler meu artigo, peço-lhe que pare alguns segundos para pensar o que
você fará depois de lê-lo? Agora, responda-me: o que fará mais tarde? O que fará
amanhã? O que fará nos próximos dias e meses?
Eu vivi toda minha
infância no interior da Paraíba, numa cidade chamada Campina Grande,
precisamente, numa rua apelidada de Rua do Fogo. Atrás da minha casa passava um
trem todos os dias nos mesmos horários. Algumas vezes, quando eu e meus colegas
retornávamos da escola e nos aproximávamos da Estação Ferroviária Velha, víamos
o trem de carga vindo em nossa direção e decidíamos correr ao lado dele e nos
agarrarmos numa escada lateral de um dos vagões.
Ao nos agarrarmos
àquela locomotiva forte e barulhenta, sentíamos o nosso coração bater mais
forte, nosso pulmão respirar acelerado, a adrenalina nos músculos, o chão
passando rapidamente por baixo de nossos pés. Aqueles dois minutos até minha
casa pareciam eternos. Mesmo com mochilas pesadas nas costas, fazíamos
peripécias nos pendurando só com um braço e acenando com o outro para os
moradores. Os cachorros tentavam pegar nossos pés... Era nossa aventura
radical.
Na hora de descer do trem, toda atenção era máxima, pois essa
era a parte mais difícil da aventura. Uma vez desci com o pé errado, tomei um
tombo e ralei joelhos e braços. Pensam que parei? Nada! Desde esse dia, aprendi
a descer de um trem com o pé certo e me graduei como “morcegueiro de trem”.
“Pegar morcego em trem” era o termo que usávamos... Nem imagino a origem do
termo. E tampouco nossos pais imaginavam que fazíamos isso.
Hoje quando
ando de metrô nas grandes cidades percebo o quanto se tornou mais fácil, seguro
e confortável, embora pago, viajar sobre trilhos. Você passa pela roleta, entra
literalmente num buraco, aguarda seu trem chegar, a porta se abre, você entra e
o observa mover-se por um túnel escuro e concretado até que as luzes de uma
próxima estação iluminem sua janela. Sempre as mesmas estações, uma após outra,
seguindo uma sequência programada.
Voltando às perguntas do primeiro
parágrafo... Outro dia, estava sentado num metrô em São Paulo e comecei a fazer
essas perguntas a mim mesmo e descobri que minha vida seguia uma programação
(programar+ação) familiar e repetitiva tal como a sequência programada daquelas
estações. O que eu fazia na tarde de segunda-feira não era tão diferente da
segunda-feira passada. O que eu fazia na tarde da terça-feira não era tão
diferente da Segunda ou Terça-feira da semana passada. Percebi que as segundas,
terças, quartas, quintas e sextas da minha vida se repetiam a cada semana, mês e
ano.
Tal como aquele trem, eu seguia por uma linha chamada
rotina. A próxima estação sempre conhecida. Essa linha me conduzia pelo
mesmo caminho, paradas, paisagens, subidas e descidas... Cada dia era uma mesma
viagem com destino à estação cama, onde dormiria para mais uma vez partir no dia
seguinte. Sempre a mesma rota! Sempre as mesmas paradas! Sempre a mesma
vida!
O problema é que quando fazemos sempre as mesmas coisas
temos sempre os mesmos resultados. Somos resultado de nossos atos. Se
quisermos ser alguém diferente e melhor, devemos fazer algo diferente e melhor.
Algumas vezes é preciso saltar do trem em movimento e pegar outro, ainda que
essa seja uma decisão perigosa. Algumas vezes vamos nos machucar ao saltarmos do
trem, ou vamos pegar o trem para destinos errados, mas precisamos
praticar esse novo hábito de saltar do trem com o pé certo, na direção e hora
certa. Precisamos nos arriscar em novas paisagens!
Nós seguimos
uma programação mental diariamente e inconscientemente. Algo parecido com o que
acontece no metrô. Você sabe a hora que começa cada tarefa (senta no assento) e
a hora que termina (chega à próxima estação), mas não sabe ou pensa no que
acontece nesse intervalo (o túnel escuro, barulhento, cinzento e concretado).
Você não é o maquinista de sua própria locomotiva? Sua locomotiva te
levará aonde você quiser, se aprender a guiá-la!
Raramente,
paramos para silenciar o túnel de nossa mente, sair da posição em que estamos e
nos observarmos de uma posição mais distante. Raramente, observamos nossas
sensações, pensamentos, crenças, hábitos e atitudes. Raramente, decidimos
reprogramar essa sequência, esse processo interminável chamado rotina. Na
maioria das vezes nem fomos nós que a programamos. Fomos jogados nesse trem e
não conseguimos sair dele.
A boa notícia é que você pode sim reprogramar
sua vida, ou seja, reprogramar seus Sentimentos, Pensamentos e Ações (SPA),
acessando essa maravilhosa máquina formada de 86 bilhões de neurônios, chamada
mente. Você pode, sim, decidir quais novas estações deseja para sua vida. Você
tem todos os recursos de que precisa para construir novos trilhos e empreender
essa transformação. Muitas vezes você está usando o recurso certo no contexto
errado.
A própria palavra sucesso advém do latim SUCCEDERE, “vir depois,
chegar perto de”, formado por SUB- (depois, seguinte) + CEDERE (ir, mover-se,
deslocar-se). Daí a razão das perguntas do primeiro parágrafo. Volte lá
novamente e responda: o que fará DE DIFERENTE mais tarde? O que fará DE
DIFERENTE amanhã? O que fará DE DIFERENTE nos próximos dias e meses? Enfim,
O QUE VEM DEPOIS MEU AMIGO? Essa pergunta determinará sua
próxima realização!
Comecei esse ano a levar uma mensagem de
transformação numa palestra inédita chamada SPA DO SUCESSO, com o
propósito de ensinar as pessoas a criar SENTIMENTOS, PENSAMENTOS E AÇÕES
DIFERENTES E ORIENTADAS AO SUCESSO, pois essa é a estação da REALIZAÇÃO
FELIZ. Tá a fim de “pegar morcego” em trens mais felizes? Suba nesse trem
chamado SPA DO SUCESSO... Ele está passando agora. Eu já me agarrei
nele.
Recebi este artigo do colega Marcos e achei muito interessante
Parabéns Marcos!
Marcos
Antonio de Sousa, graduado em Engenharia Eletrônica e MBA em
Administração de Marketing pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Especialista em
vários cursos nacionais e internacionais de vendas. Trainer e Practitioner em
Programação NeuroLinguística (PNL). Palestrante, Conferencista e Especialista em
Vendas, Motivação e PNL. Consultor de Marketing, Vendas e Estratégia Empresarial
para as empresas do ramo de segurança. Consultor da Associação Brasileira das
Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (ABESE). Membro da Associação
Brasileira de Profissionais de Segurança (ABSEG). Palestrante nos principais
congressos, simpósios e eventos de segurança privada do país. Articulista em
diversos jornais, portais e revistas do país. Autor dos livros: Vendendo
Segurança com SEGURANÇA e CONFIDENCIAL – Coletânea de Artigos
Sobre Segurança.
Emidio Campos
Gestor de Segurança
http://segurancadecondominio.blogspot.com
E mail - segurancaprivadasp@gmail.com
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Emidio Campos
Gerente de Planejamento
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