segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Condomínio em São Paulo, entra na justiça para fechar ruas

Condomínio em São Paulo, entra na justiça para fechar acessos
Com uma área menor que a da Chácara Flora, em Santo Amaro - um milhão de metros quadrados -, o bairro Colina de São Francisco, na Vila São Francisco, zona oeste, ocupa 100 mil metros quadrados e briga há cinco anos na Justiça pelo fechamento de seus acessos a qualquer motorista. Mas mesmo com suas ruas abertas, a maioria das 500 famílias que moram nos 13 prédios não se sente tão exposta à violência.

Essa segurança está baseada em três razões. Todas as ruas do condomínio contam com câmeras de vídeo, as duas entradas são vigiadas 24 horas por guardas que anotam as placas de cada carro de não moradores e confirmam na segunda portaria a saída do mesmo, e, até o Parque Colina de São Francisco, que fica dentro do espaço reservado, conta com um vigia na entrada e outro fazendo rondas durante todo o dia.

A área verde permanece aberta a toda população diariamente, das 7h às 18h.

Um minishopping, com academia, farmácia, papelaria e lojas de roupas, e aberto ao público, funciona antes da entrada do condomínio.

A síndica de um dos prédios, Márcia Coiro, de 44 anos, fala sobre sua vontade de ver o condomínio ser fechado, mas aponta alguns problemas que impedem a comodidade.

"Primeiro temos que resolver os problemas de trânsito, já que a Rua Guido Mazzoni, que faria a ligação entre a Estrada da Cachoeira com a Avenida Cândido Motta Filho, nunca foi terminada", reclama. Atualmente, a estrada e a avenida são ligadas apenas pela Rua Doutor José Benedito Viana de Moraes, uma das ruas do condomínio.

A síndica também é diretora da Associação Colinas de São Francisco, formada por moradores dos prédios. Ela revela que, para que a Rua Guido Mazzoni seja asfaltada, seria necessário R$ 1 milhão. "A construtora e os empreendedores da região estão pensando em financiar a obra", revela. A área exibe vários cercados de plantas com inscrições da Prefeitura e da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, mas "eles não colaboram com nada."

Ainda segundo Márcia, a criminalidade chegou a afetar os moradores, mas há um bom tempo atrás. "Logo que mudamos para cá, em 1997, tivemos alguns problemas inclusive com tráfico de drogas. Houve uma melhora e tivemos alguns roubos de tênis de garotos, mas agora é muito calmo. Podemos deixar nossos filhos brincando até mesmo durante a noite nas ruas. Não é 100% seguro, mas muito melhor do que lá fora", conta a síndica.

Para algumas ruas fechamento é permitido

Segundo a Lei 13.209, de 13 de novembro de 2001, é permitido que moradores fechem uma rua para só depois comunicar as administrações regionais. Os moradores podem fechar ruas sem saída com portões, cancelas ou mesmo correntes, impedindo a entrada de veículos, mas não a de pedestres. A rua também não pode ter praças, parques infantis ou áreas verdes e 70% dos moradores devem concordar com o fechamento.

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Emidio Campos
Gerente de Planejamento
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