Os turistas que foram assaltados nesta sexta-feira (28), após um grupo de menores promover um arrastão na Rodovia dos Imigrantes, próximo ao município de Guarujá, no litoral de São Paulo, relataram os momentos de tensão vividos durante o primeiro dia de carnaval. De acordo com alguns deles os suspeitos abriram as portas dos carros e puxaram até crianças para fora dos veículos.
De acordo com testemunhas a ação foi realizada por um grupo de menores que se aproveitou do congestionamento, devido ao excesso de veículos na rodovia, e começou a abordar os carros e assaltar os ocupantes. “É um absurdo, dez moleques abrindo a porta dos carros das pessoas arrancando criança, arrancando bolsa, machucando todo mundo”, diz a advogada Luciane Delicato da Silva.
Algumas das vítimas foram surpreendidas pela ação dos suspeitos que em alguns casos abordavam os motoristas fingindo vender água. “Parei para comprar água, tava com sede, tava trânsito e eles me roubaram, levaram meu celular, em alguns pontos eles estavam até tirando objetos de dentro do carro das pessoas”, explica o professor José Leite.
Após os crimes serem cometidos muitos motoristas pararam no meio da rodovia com receio de seguir em frente, o que resultou em uma fila de veículos com 12 km de extensão. A situação causou indignação em muitos dos motoristas. “É um absurdo, a gente paga imposto, paga pedágio caro e de repente você é sujeito a ser assaltado aí. Em plenas férias, você quer tirar uma folga, porque tem direito e chegamos aqui e ficamos parados não por causa de congestionamento e sim por falta de segurança, isso que é duro”, diz o dentista Marcos Vidal.
O médico Felipe Borgan foi outro motorista que acabou ficando parado no congestionamento após o arrastão. “Nosso objetivo seria descansar um pouco no litoral, mas infelizmente a nossa segurança deixa muito a desejar, o cidadão brasileiro não tem direito a nada, nem a segurança, nem a descanso, nem a nada” explica.
A Polícia Rodoviária diz que os crimes que ocorreram na Rodovia dos Imigrantes não teriam sido um arrastão. “Foi um desencadear de ações. Um primeiro veículo foi vítima de roubo, os outros acabaram se assustando com a situação e alguns deles começaram a voltar pela contramão. A população pode ficar tranquila porque o policiamento está dimensionado para fazer frente à essas demandas”, conclui o Major José Marcelo Macedo Costa.
Emidio Campos
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