O controle remoto de portões automáticos virou arma nas mãos de ladrões. Em bairros residenciais da capital, casas são furtadas com aparelhos roubados ou clonados dos donos. Em julho, mês de férias, a polícia registrou 681 furtos e roubos a residência – média de um caso por hora.
Sem arrombamento, criminosos estacionam seus carros diretamente na garagem e limpam a casa em menos de uma hora. Cômodos são revirados em busca de joias, celulares, eletroeletrônicos e até bens de valor sentimental.
No Morumbi, zona sul, as quadrilhas seguem os moradores e furtam o aparelho guardado quase sempre no interior dos veículos. A ação, segundo a polícia, pode contar até com a participação de manobristas de estacionamentos privados onde os automóveis passam o dia. “As pessoas largam o controle em qualquer lugar, quando deveriam ter o mesmo cuidado que dedicam às chaves de casa. Tem de andar com ele”, afirmou o delegado Vilson Genestretti, titular do 34.º DP (Vila Sônia), que investiga dois casos desse tipo ocorridos recentemente.
Em um dos crimes, ladrões substituíram o controle por um parecido para que a vítima não percebesse. “Se perdeu ou percebeu que o controle não está funcionando, o morador tem de mudar o código”, disse. Além de praticar o assalto no ato, a quadrilha também pode seguir o motorista para descobrir onde mora e retornar outro dia para fazer o assalto.
A clonagem do controle é feita com a mesma “tecnologia” utilizada por bandos que clonam cartões de banco. O sinal é captado por meio de um equipamento durante a abertura ou fechamento do portão e depois programado em outro aparelho. Segundo especialistas em segurança, isso é possível porque a codificação dos controles analógicos não tem complexidade. Estima-se que, em um lote de 50 controles, pelo menos um abra mais de um portão.
De dia – A maioria dos furtos ocorre de dia, quando os imóveis estão vazios. As quadrilhas simulam o comportamento dos moradores, usando carros da mesma cor. Foi o que aconteceu na casa do aposentado Dorival Francisco Alves, de 74 anos. “Eles entraram assim que minha mulher e eu saímos, às 11h50. Era uma quinta-feira, a rua tinha movimento, mas mesmo assim eles conseguiram. Não sobrou nada de valor. Levaram até a imagem de uma santinha que a minha mulher guardava na sala”, conta o morador do Planalto Paulista, na zona sul.
Com uma chave de fenda, os ladrões quebraram o cadeado que mantém o portão da casa de Alves no modo automático, levantaram a trava e estacionaram na garagem um carro prata, da mesma cor do proprietário, a fim de não chamar a atenção. No mesmo dia, a vítima reforçou a segurança e passou a contar com o apoio de vizinhos quando sai.
O delegado Genésio Léo Junior, do 27.º DP (Campo Belo), disse que é fundamental essa cooperação. “Já vi casos em que os ladrões pararam um caminhão de mudança na frente da casa, durante as férias do moradores, e levaram até as janelas.”
Preciso de um consultor de segurança entre em contato com o Grupo Leone
www.leoneservicos.com.br
Emidio Campos
Gerente de Planejamento
www.leoneservicos.com.br
E mail - comercial@leoneservicos.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário