Lei de protesto e melhora na economia são apontados como responsáveis.
Síndica só aumentou arrecadação após ameaçar com lei de protesto.
Síndica só aumentou arrecadação após ameaçar com lei de protesto.
Duas das novas câmeras de segurança compradas após redução da inadimplência no prédio (Foto: Luísa Brito/G1)
A taxa de inadimplência nos condomínios de São Paulo vem caindo neste ano em relação a 2008, segundo dados da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (Aabic). No período de maio a julho deste ano, comparado com o mesmo do ano passado, a queda foi de 23,4%. A associação considera inadimplência os condomínios não pagos até 90 dias após o vencimento.
O setor credita a melhora do índice a uma lei promulgada em julho do ano passado que permite incluir o nome dos devedores de condomínios na lista dos serviços de proteção ao crédito e também da melhora da economia após a crise econômica mundial do ano passado.
“Poucos condomínios protestam seus devedores, mas a lei serviu como um bom instrumento de pressão para os maus pagadores”, afirma Omar Anauate, diretor de condomínios da Aaabic. “A melhoria da economia também ajudou quem estava sem condições de pagar”, acrescentou.
Segundo o advogado Marcio Rachkorsky, especialista em condomínios, o número de devedores que aceitaram fazer acordo dobrou em seu escritório após a lei. “Antes, só em 20% dos casos de devedores havia acordo. Hoje em dia, uns 40% resolvemos por meio de acordo porque a pessoa não quer que seu nome seja protestado”, afirmou.
Foi graças à lei de protesto que a síndica Marta Erhardt Machado, de 48 anos, conseguiu fazer melhorias no condomínio Edifício Torres do Sabará I, na Zona Sul da capital paulista. A aplicação da lei foi aprovada em assembleia de condomínio por unanimidade no mês de março e a taxa de inadimplência no prédio caiu pela metade, de 20% para 10%.
Com mais dinheiro no caixa, a síndica conta que investiu cerca de R$ 13 mil na compra de um novo sistema de câmeras de segurança, monitores e equipamento de gravação das imagens captadas, pois antes as imagens só eram filmadas. O número de câmeras aumentou de 6 para 18. “Estava desesperada para melhorar o sistema de segurança, porque é uma prioridade para o condomínio”, diz a síndica.
Foi graças à lei de protesto que a síndica Marta Erhardt Machado, de 48 anos, conseguiu fazer melhorias no condomínio Edifício Torres do Sabará I, na Zona Sul da capital paulista. A aplicação da lei foi aprovada em assembleia de condomínio por unanimidade no mês de março e a taxa de inadimplência no prédio caiu pela metade, de 20% para 10%.
Com mais dinheiro no caixa, a síndica conta que investiu cerca de R$ 13 mil na compra de um novo sistema de câmeras de segurança, monitores e equipamento de gravação das imagens captadas, pois antes as imagens só eram filmadas. O número de câmeras aumentou de 6 para 18. “Estava desesperada para melhorar o sistema de segurança, porque é uma prioridade para o condomínio”, diz a síndica.
A síndica Marta mostra a pracinha que fez neste ano (Foto: Luísa Brito/G1)
Ela relatou também ter construído uma pracinha numa área do prédio onde só tinha terra, comprou novas plantas, postes de iluminação e até renovou a decoração de Natal. “Este ano, comprei mais objetos para enfeitar o prédio porque pude pagar à vista e consegui desconto. Ano passado, só comprei o necessário”, diz. O conjunto tem três blocos, um total de 156 apartamentos e área de lazer com piscina, churrasqueira, sala de ginástica, quadra e playground. O condomínio custa R$ 330.
Um levantamento feito pelo Sindicato da Habitação (Secovi-SP) mostra que vem caindo a quantidade de ações de cobrança judiciais por causa de dívidas de condomínio. De acordo com dados da instituição, o total de ações na Justiça na capital paulista caiu 19% entre janeiro e agosto deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. O número baixou de 9,5 mil para 7,7 mil. Para o vice-presidente de administração imobiliária e condomínios, Hubert Gebara, a melhora da economia e a lei de protesto dos devedores foi vital para essa queda.
Um levantamento feito pelo Sindicato da Habitação (Secovi-SP) mostra que vem caindo a quantidade de ações de cobrança judiciais por causa de dívidas de condomínio. De acordo com dados da instituição, o total de ações na Justiça na capital paulista caiu 19% entre janeiro e agosto deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. O número baixou de 9,5 mil para 7,7 mil. Para o vice-presidente de administração imobiliária e condomínios, Hubert Gebara, a melhora da economia e a lei de protesto dos devedores foi vital para essa queda.
Impontualidade
O percentual dos chamados pagadores impontuais, aqueles que quitam a dívida até 30 dias após o vencimento, também apresentou queda, de 15,6%, de julho a setembro deste ano em comparação com 2008. O índice teve uma queda menor do que a da inadimplência, segundo os especialistas do setor, porque esse tipo de devedor não é ameaçado pela lei que prevê a inclusão do nome na lista das instituições de proteção ao crédito, pois isso só é feito pelo menos 30 dias após o não pagamento do condomínio.
Há ainda os chamados pagadores impontuais crônicos, segundo a gerente de relacionamento da Lello – uma das maiores administradoras da capital paulista - Angélica Arbex. Ela diz que os crônicos são aqueles cujo salário é pago após a data de vencimento da taxa. “A impontualidade é ruim porque o condomínio tem que honrar seus compromissos na data certa”, afirma. Os salários dos funcionários, por exemplo, têm de ser pagos até o quinto dia útil do mês, segundo a gerente. Há ainda as despesas com contas de água, luz, entre outras.
Emidio Campos
Gestor de Segurança
http://segurancadecondominio.blogspot.com
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