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terça-feira, 16 de junho de 2009
Combate a Incêndio em condomínio
NOÇÕES BÁSICAS DE PREVENÇÃO DE INCÊNDIO
A grande necessidade, desde há muito comprovada, de ajudar o homem a agir com conhecimento e calma no combate ao incêndio levou o Serviço de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) a elaborar este manual. Longe de ser um compêndio complicado, o SESMT reuniu uma série de informações básicas sobre o conceito e a natureza do fogo, bem como os equipamentos e métodos necessários para combatê-lo em casos de emergência. Esperamos que, a curto prazo, este manual possa ser de grande ajuda para que o homem saiba como enfrentar um incêndio, tomando consciência das principais providências a serem tomadas tão logo o fogo se manifeste. O modo correto de extinguir o fogo significa a salvação de muitas vidas humanas. Leia atentamente as instruções e procure divulgá-las no seu ambiente de trabalho.
RESUMO:
CLASSE SÍMBOLO TIPO DE FOGO EXEMPLOS EQUIPAMENTO A UTILIZAR
ÁGUA PÓ QUÍMICO "BC" CO2 (GÁS CARBÔNICO) ESPUMA MECÂNICA
Materiais sólidos de fácil combustão Madeira, papel, roupas, etc. SIM NÃO NÃO SIM
Líquidos inflamáveis e gases Gasolina, álcool, solventes, etc. NÃO SIM SIM SIM
Equipamentos elétricos energizados Computador, aparelhos eletrodomésticos, motores, etc. NÃO SIM SIM NÃO
INTRODUÇÃO
O fogo é tanto útil como destruidor. Sob controle, presta grandes serviços, desde o simples fogão doméstico até as fundições, fornalhas e outras operações industriais. Descontrolado, isto é, quando chamamos de incêndio, causa prejuízos e as vezes grandes sinistros, envolvendo muitas vidas humanas. Devemos lembrar sempre que "o incêndio acontece onde a prevenção falha". O ideal é realizar um bom trabalho de prevenção de incêndio evitando-se assim o começo do fogo.A seguir descrevemos as principais causas de um incêndio:
Sobrecarga elétrica: evite ligar dois ou mais aparelhos numa só tomada, pois isto sobrecarrega o sistema elétrico, provocando superaquecimento dos fios com possibilidade de curto-circuito.
Fusíveis: quando um fusível queima seguidamente é porque há problema de instalação elétrica. Jamais reforce os fusíveis pois anularia sua função de segurança.
Equipamentos elétricos: desligue completamente os equipamentos elétricos de onde você trabalha no momento de encerrar o expediente ou de onde você mora, quando se ausentar por mais tempo do que o normal. Desligue-os, também, das tomadas.
Cigarros: um simples cigarro tem provocado grandes tragédias. Ao terminar de fumar apague completamente o que restou do cigarro. Não o deixe queimando no cinzeiro. Ao despejar cinzas e pontas de cigarro na lixeira verifique se não há resquícios de brasa.
Lixeiras: não deixe o lixo acumular, nem jogue na lixeira panos ou papéis impregnados de líquidos inflamáveis, pois tudo isto constitui grande perigo.
Líquidos inflamáveis: muito cuidado ao manusear álcool, solventes, removedores e líquidos inflamáveis em geral. Não os deixe perto de fogo. Cuidado com seu armazenamento.
Quando a prevenção falha e acontece o início do fogo, então temos que agir. A finalidade deste manual é ajudar a agir com conhecimento, calma e racionalidade, sempre que houver início de fogo. O homem tem de conhecer a natureza do fogo e os equipamentos necessários de que dispõe para combatê-lo enquanto pequeno.
CONCEITO DE FOGO
Fogo é um tipo de queima, de combustão. É uma reação química de oxidação exotérmica (com desprendimento de energia). Para que haja fogo são necessários três elementos essenciais: combustível, calor e comburente. A eliminação de qualquer um desses elementos apaga o fogo. Para entendermos melhor como se forma o fogo, vejamos o triângulo do fogo.
Combustível: é o que alimenta o fogo, facilita sua propagação e pode ser:
a) Líquido: álcool, éter, gasolina, etc.
b) Sólido: madeira, papel, tecido, etc.
c) Gasoso: butano, propano, etc.
Comburente: é o elemento ativador do fogo.
Calor: é uma forma de energia. Provoca o início do incêndio mantendo e incentivando a sua propagação.
CLASSES DE INCÊNDIO
Os incêndios são classificados de acordo com as características dos seus combustíveis. somente com o conhecimento da natureza do material que está se queimando, pode-se descobrir método para uma extinção rápida e segura.
Incêndios de classe A: são os incêndios em materiais sólidos de fácil combustão, com a propriedade de queimarem em superfície e profundidade, deixando resíduos (cinzas, brasas, etc.). Exemplos: tecido, madeira, papel, fibras, etc.
Nestes incêndios deve-se usar um agente extintor que tenha poder de penetração, eliminando o calor existente. Portanto é recomendável a água, ou outro agente que a contenha em quantidade.
Incêndios de classe B: são os incêndios que acontecem em materiais gasosos e líqüidos inflamáveis, produtos que se queimam somente na superfície e não deixam cinzas.
Exemplos: óleos, graxas, vernizes, gasolina, tintas, thinner, etc. O método de extinção do da classe B é por abafamento e os extintores mais indicados são os de espuma, pó químico seco (PQS) e gás carbônico (CO2).
Incêndios de classe C: são incêndios que ocorrem em materiais energizados, por onde passa corrente elétrica, como motores, geradores, transformadores, etc.
O método de extinção adequado para o da classe C deve ser por meio de um extintor que não conduza corrente elétrica como é o caso do pó químico seco (PQS) e do gás carbônico (CO2). É importante que não se utilizem qualquer extintor à base de água, pois a água é condutora de eletricidade, o que põe em risco de vida do operador do equipamento.
Os agentes extintores que atuam nestes materiais são agentes especiais, que isolam do ar o metal combustível, interrompendo a combustão.
Métodos de Extinção do Fogo
Métodos de extinção do fogo:
Resfriamento: quando se retira o calor. É um dos métodos mais eficientes de extinção de incêndio, ou seja, quando baixamos a temperatura do combustível até o ponto em que não existam mais condições de desprendimentos de gases ou vapores quentes. A água, largamente usada no combate a incêndios, é um dos mais eficientes agentes resfriantes.
Isolamento: quando se retira o material (combustível) que poderia ser atingido pelo fogo, evitando a sua propagação para outras áreas.
Abafamento: quando se retira o comburente (oxigênio), abaixando os níveis de oxigenação da combustão. O oxigênio é encontrado na atmosfera na proporção de 21%. Quando esta porcentagem é limitada ou reduzida a 8%, o fogo deixa de existir.
EXTINTORES DE INCÊNDIO
São aparelhos que contêm os agentes extintores de incêndios, ou seja, certas substâncias químicas sólidas, líquidas ou gasosas, utilizadas na extinção de um incêndio. Eles podem ser aparelhos portáteis de utilização imediata (extintores), conjuntos hidráulicos (hidrantes) ou dispositivos especiais (sprinklers e sistemas fixos de CO2).
Os extintores devem estar:
- visíveis (bem localizados);
- desobstruídos (livres de qualquer obstáculos que possa dificultar o acesso até eles);
- sinalizados (para melhor visualizá-los caso não estejam visíveis).
Extintores de incêndio portáteis: são os aparelhos de mais fácil e rápida utilização. Existem vários tipos. Vejamos os mais comuns:
a) extintor de água pressurizada: age por resfriamento. É indicado para incêndios da classe A, por penetrar nas profundidades do material, resfriando-o. Não pode ser utilizado em líquidos inflamáveis e equipamentos elétricos. Tem a desvantagem, em alguns casos, de danificar o material que atinge. Neste extintor a água é acondicionada em cilindro metálico, o qual possui um gatilho para controle do jato, bem como um dispositivo para dirigi-lo e um manômetro que indica a pressão que se encontra o líquido no seu interior. Deve ser inspecionado a cada seis meses, inspeção que consiste em verificar a pressão indicada no manômetro.
Modo de usar:
1º - Leve sempre o extintor ao local do fogo.
2º - Coloque-se com o extintor a uma distância segura do local do fogo.
3º - Retire a trava de segurança, aperte a alavanca e empunhe a mangueira.
4º - Dirija o jato para a base das chamas. Caso queira estancar o jato basta soltar a alavanca
b) extintor de espuma: age tanto por resfriamento (sendo indicado para incêndios da classe A) quando for abafamento (sendo então indicado para incêndios da classe B). Não pode ser utilizado em incêndios da classe C, ou seja, em equipamentos energizados e tem a desvantagem de danificar o material que atinge. A espuma para combate a incêndio é um agregado de bolhas cheias de gás, geradas de soluções aquosas. Sua densidade é menor do que a dos líquidos inflamáveis e combustíveis. É utilizada principalmente, para formar uma capa flutuante de cobertura. Extingue o incêndio neste líquido, cobrindo e resfriando o combustível, de forma a interromper a evolução dos vapores e impedir o acesso do oxigênio.
Modo de usar:
1º - Leve o extintor até o local do fogo sem invertê-lo.
2º - Inverta o extintor somente quando chegar ao local do fogo, direcionando a válvula para a base das chamas.
3º - A espuma flutua na maioria dos combustíveis líquidos, por isso, quando se tratar de recipiente com líquido inflamável ou combustível, dirija o jato contra um anteparo. Assim, a espuma vai chocar-se contra ele, escorrer e flutuar sobre o líquido em chamas, abafando-o. O jato disparado só estanca quando esgotada a carga
c) extintor de pó químico seco: age por abafamento. Sua ação consiste na formação de uma nuvem sobre a superfície em chamas, reduzindo a porcentagem de oxigênio disponível. Pode ser utilizado nas três classes de incêndio, embora seja mais eficiente nas classes B e C. É corrosivo, danificando o material que atinge, não devendo ser empregado em aparelhos elétricos delicados (relés, filamentos, centrais telefônicas, computadores e outros). É tóxico, devendo ser evitado em canais fechados. Esse extintor pode ser de pressão injetada ou extintor de pó pressurizado internamente.
Modo de usar:
1º - Leve o extintor ao local do fogo.
2º - Se o extintor for do tipo pressurizado, retire o pino de segurança.
3º - Se for do tipo pressão injetada, desatarraxe a válvula da garrafa externa, segurando a mangueira com a válvula acionada, para evitar seu entupimento e um possível acidente.
4º - Aperte o gatilho e dirija o pó procurando cobrir o fogo, principalmente se for da classe B
d) Extintor de CO2: age por abafamento, expelindo CO2 , reduzindo a concentração de oxigênio do ar. O CO2 é mais pesado que o ar (por isso desce sobre as chamas). É inodoro, incolor e não conduz eletricidade. É especialmente indicado nos incêndios de classe C e B, podendo ainda ser usado na classe A com ação positiva. Tem a vantagem de nunca danificar o material que atinge, podendo ser empregado em aparelhos delicados (relês, filamentos, centrais telefônicas, computadores e outros) sem danificá-los. O extintor de CO2 não deve ser usado em materiais leves e soltos pois seu "sopro" poderá espalhar o material em chamas, facilitando a propagação das mesmas. Também não deve ser instalado em ambientes onde a temperatura possa atingir mais de 50ºC, pois sua válvula de segurança poderá romper-se, permitindo a saída de gás. Em recintos pequenos e fechados pode acontecer gás de CO2 reagir com o oxigênio e tornar o ambiente asfixiante.
Modo de usar:
1º - Retire o pino de segurança quebrando o arame do selo de lacre.
2º - Retire o esguicho (difusor) do seu suporte, empunhando-o com uma das mãos, na manopla.
3º - Com o extintor na posição, acione a válvula e com a outra mão dirija o jato para a base do fogo, movimentando o difusor
Obs.: as imagens dos extintores são ilustrativas. A etiquetagem, o formato e a cor utilizada pode variar de fabricante a fabricante.
Extintores de carreta: são extintores de grande volume. para facilitar o seu transporte, são montados sobre rodas, formando uma carreta. Devido ao seu porte, são operados por dois elementos. Como acontece com os extintores normais, os tipos mais comuns são:
a) Carga líquida - espuma , soda ácida e água pressurizada: sua capacidade é de 75 a 150 litros e seu jato tem alcance de 10 a 15 metros com duração de três minutos.
Modo de usar: Deve ser operado por duas pessoas. O elemento "A" abre o registro, enquanto o elemento "B" tira a mangueira. O elemento "A" deixa a carreta e o elemento "B" ataca o fogo.
b) Gás Carbônico - CO2: consiste em um extintor comum de CO2 de porte maior, com grande extensão de mangueira.
Modo de usar: Deve ser operado por duas pessoas. O elemento "A" controla o registro enquanto o elemento "B" coloca a mangueira na posição para atacar o fogo.
c) Pó químico seco (PQS): é um extintor de pó em escala maior, com a diferença de possuir mangueira mais extensa e válvula redutora de pressão. É fabricado em modelos para diferentes capacidades. Seu jato chega a alcançar 10 metros.
Modo de usar: Deve ser operado por duas pessoas. O elemento "A" abre o registro da garrafa, enquanto o elemento "B" posiciona a mangueira e ataca. Observação: Na colocação das carretas deve-se sempre observar o livre acesso a qualquer ponto do local de sua instalação.
OUTROS DISPOSITIVOS DE COMBATE A INCÊNDIO:
Hidrantes: são dispositivos existentes em redes hidráulicas, que facilitam o combate ao fogo. O sistema de hidrantes é composto de um reservatório que pode ser elevado ao subterrâneo, de um conjunto de canalização, de mangueiras, esguichos, registro, engate de mangueira e abrigo.
Modo de usar:
1º - Localize a mangueira
2º - Desenrole-a
3º - Conecte a mangueira ao hidrante
4º - Estique totalmente a mangueira
5º - Combata as chamas, dirigindo o jato à base do fogo
Dispositivos especiais (Sprinklers): são também conhecidos como "chuveiros Sprinklers". Esse sistema consiste na distribuição de encanamentos ligados a um encanamento central, do qual saem ramificações de tubos cujos diâmetros diminuem à medida que se afastam da linha principal. Nessas ramificações são instalados bicos, peças dotadas de dispositivo sensível à elevação de temperatura e destinadas a espargir água sobre a área incendiada, quando acionadas pelo aumento da temperatura ambiente.
PROCEDIMENTOS
Como proceder em caso de emergência
Tão cedo o fogo se manifeste, as seguintes providências devem ser tomadas:
Mantenha a calma. Ande, não corra.
Desligue inicialmente o sistema elétrico (sempre que possível)
Retire os ocupantes do local atingido.
Desça sempre pelas escadas.
Nunca use elevadores.
Inicie imediatamente o combate ao princípio do incêndio, se você tem os conhecimentos básicos para tal.
Em caso de incêndio avise imediatamente o Corpo de Bombeiros (telefone 193).
CHECK-LIST PARA CONDOMÍNIOS RESIDENCIAIS
1. Verificar se há fluxo de água nas mangueiras com pressão suficiente para atingir o foco de incêndio a uma distância que proteja o operador (às vezes, obstruções são descobertas nessa simulação);
2. Checar se um lance de mangueira é suficiente para atingir todo o pavimento, ou se é necessário um segundo lance;
3. Confirmar a existência de engates rápidos (juntas Storz) em número suficiente;
4. Controlar a periodicidade das vistorias das mangueiras por empresas credenciadas pelo Inmetro;
5. Controlar a periodicidade das vistorias de extintores por empresas credenciadas pelo Inmetro;
6. Checar a etiqueta de identificação, a ficha de controle de inspeção e a sinalização dos extintores:
7. Manter, em cada turno de trabalho, um ou mais funcionários do Condomínio inteiramente habilitados a manejar as mangueiras ou os extintores da maneira correta e adequada a cada tipo de incêndio;
8. Garantir a existência de boas condições físicas de escape: corrimãos, fitas antiderrapantes, luzes de emergência potentes e com boa autonomia;
9. No caso de Condomínios de construção mais recente, cuidar da manutenção do sistema de portas corta-fogo e exaustão de fumaça;
10. Checar periodicamente as condições do sistema de pára-raios e sua manutenção regular;
11. Criar um Grupo de Coordenação e Controle de Emergências, para definir todas as tarefas a serem executadas em casos de emergência (controle da parte elétrica, da parte hidráulica, das comunicações (interna e com os Bombeiros), de segurança, etc.); e
12. Elaborar um plano de escape e, se possível, de realização de simulações.
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POR QUE DOAR?A carência de doadores de órgãos é ainda um grande obstáculo para a efetivação de transplantes no Brasil. Mesmo nos casos em que o órgão pode ser obtido de um doador vivo, a quantidade de transplantes é pequena diante da demanda de pacientes que esperam pela cirurgia. A falta de informação e o preconceito também acabam limitando o número de doações obtidas de pacientes com morte cerebral. Com a conscientização efetiva da população, o número de doações pode aumentar de forma significativa. Para muitos pacientes, o transplante de órgãos é a única forma de salvar suas vidas.Saiba mais no Site:http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/transplante-de-orgaos/doacao-de-orgaos.php
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