IPT e Cetesb reafirmam potencial risco à saúde no Barão de Mauá
GEORGE GARCIA
Um novo laudo que integra o processo Condomínio Barão de Mauá, uma avaliação técnica feita pela Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) sobre relatório do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e pela empresa Geoklock revela risco iminente à saúde dos moradores e funcionários do condomínio. Segundo uma das síndicas, Tânia Regina da Silva, o documento traz os resultados de medições dos índices de contaminação que são alarmantes. Os moradores processam a Cofap, a prefeitura de Mauá e as construtoras Soma e STG por contaminação do solo, o que pode ter trazido problemas de saúde aos moradores. Acórdão publicado no último dia 28 dá conta de uma derrota na ação coletiva sobre o dano moral coletivo. O acórdão ainda isenta a prefeitura de Mauá de responsabilidade.
Em decisão em outubro do ano passado foi definido que a indenização para os moradores que deixarem o condomínio, seria de R$ 51,5 mil. Essa decisão, no entanto, não considerou danos morais. Sobre a sentença de abril, o Ministério Público, em embargos de declaração questionou a decisão dizendo que o acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo é um retrocesso. "Inovou, reviu e prejudicou os adquirentes e o autor da ação ao dispor sobre o prazo para descumprimento da sentença, sobre a indenização por descumprimento, sobre o dano moral coletivo e por restringir aos adquirentes de unidades nos prédios a demolir, a indenização concedida na sentença e no acórdão".
Preocupada, a síndica destacou que o relatório - de novembro do ano passado, mas que os moradores só tiveram acesso agora - mostra que os apartamentos do térreo, como o dela, estão sujeitos a presença de várias substâncias cancerígenas. "A situação não está nada boa para nós, esse relatório mostra que há muita presença de benzeno e outras substâncias", comenta Tânia.
No condomínio moram 1,7 mil famílias. No mês passado o caso que ficou conhecido como Barão de Mauá, completou 11 anos. Em abril de 2000, uma explosão matou um funcionário do condomínio, o que desencadeou a investigação que levaria à conclusão de que os prédios foram construídos sobre um aterro sanitário clandestino, que pertenceu à indústria Cofap. No solo, na época, foi constatada a presença de 44 gases tóxicos, sendo 10 deles altamente cancerígenos.
Esse relatório foi o resultado de novas medições feitas pelo órgão ambiental e a empresa Geoklock entre os meses de fevereiro e agosto do ano passado. "Foram feitos 600 novos furos em toda a área do condomínio, para amostras de solo, e também foram tiradas amostras do ar dos apartamentos, e dos pontos de monitoramento de gás", relatou a moradora.
A Geoklock recomendou o monitoramento dos gases, nos 11 blocos, adequação do sistema de extração de vapores, em curto prazo (entre 12 e 18 meses). Já o IPT ressaltou que as substâncias percloroetileno, etilbenzeno e benzeno foram encontradas em concentrações acima do padrões aceitáveis "indicando potencial cenário inadequado para receptores humanos, quando expostos a estes compostos para inalação...".
Na avaliação de risco desenvolvida pela equipe do IPT, na qual foram estabelecidas Concentrações Máximas Aceitáveis para o solo, resíduo e água subterrânea, "há risco potencial à saúde de residentes, funcionários do condomínio e trabalhadores de obras civis".
A deputada estadual Vanessa Damo (PMDB), presidente da Frente em Prol dos Moradores do Condomínio Barão de Mauá, na Assembleia Legislativa, já tem conhecimento desse novo laudo, e disse que o próximo passo da comissão será o de agendar uma reunião com a Cetesb e os moradores. "Esse laudo mostra o que já é conhecido, um grande perigo, principalmente para os moradores dos andares mais baixos", comenta. Depois dessa reunião a deputada pretende realizar uma audiência pública na Assembleia. "Queremos trazer a Cetesb, a prefeitura, a construtora e a Cofap para tirar tudo isso à limpo. Vamos combater coisas absurdas. Todos os envolvidos devem arcar com as suas responsabilidades", pontua.
O REPÓRTER procurou ontem a promotora Rosângela Staurenghi, para comentar o resultado dos estudos, mas ela não foi localizada para comentar o assunto.
Um novo laudo que integra o processo Condomínio Barão de Mauá, uma avaliação técnica feita pela Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) sobre relatório do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e pela empresa Geoklock revela risco iminente à saúde dos moradores e funcionários do condomínio. Segundo uma das síndicas, Tânia Regina da Silva, o documento traz os resultados de medições dos índices de contaminação que são alarmantes. Os moradores processam a Cofap, a prefeitura de Mauá e as construtoras Soma e STG por contaminação do solo, o que pode ter trazido problemas de saúde aos moradores. Acórdão publicado no último dia 28 dá conta de uma derrota na ação coletiva sobre o dano moral coletivo. O acórdão ainda isenta a prefeitura de Mauá de responsabilidade.
Em decisão em outubro do ano passado foi definido que a indenização para os moradores que deixarem o condomínio, seria de R$ 51,5 mil. Essa decisão, no entanto, não considerou danos morais. Sobre a sentença de abril, o Ministério Público, em embargos de declaração questionou a decisão dizendo que o acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo é um retrocesso. "Inovou, reviu e prejudicou os adquirentes e o autor da ação ao dispor sobre o prazo para descumprimento da sentença, sobre a indenização por descumprimento, sobre o dano moral coletivo e por restringir aos adquirentes de unidades nos prédios a demolir, a indenização concedida na sentença e no acórdão".
Preocupada, a síndica destacou que o relatório - de novembro do ano passado, mas que os moradores só tiveram acesso agora - mostra que os apartamentos do térreo, como o dela, estão sujeitos a presença de várias substâncias cancerígenas. "A situação não está nada boa para nós, esse relatório mostra que há muita presença de benzeno e outras substâncias", comenta Tânia.
No condomínio moram 1,7 mil famílias. No mês passado o caso que ficou conhecido como Barão de Mauá, completou 11 anos. Em abril de 2000, uma explosão matou um funcionário do condomínio, o que desencadeou a investigação que levaria à conclusão de que os prédios foram construídos sobre um aterro sanitário clandestino, que pertenceu à indústria Cofap. No solo, na época, foi constatada a presença de 44 gases tóxicos, sendo 10 deles altamente cancerígenos.
Esse relatório foi o resultado de novas medições feitas pelo órgão ambiental e a empresa Geoklock entre os meses de fevereiro e agosto do ano passado. "Foram feitos 600 novos furos em toda a área do condomínio, para amostras de solo, e também foram tiradas amostras do ar dos apartamentos, e dos pontos de monitoramento de gás", relatou a moradora.
A Geoklock recomendou o monitoramento dos gases, nos 11 blocos, adequação do sistema de extração de vapores, em curto prazo (entre 12 e 18 meses). Já o IPT ressaltou que as substâncias percloroetileno, etilbenzeno e benzeno foram encontradas em concentrações acima do padrões aceitáveis "indicando potencial cenário inadequado para receptores humanos, quando expostos a estes compostos para inalação...".
Na avaliação de risco desenvolvida pela equipe do IPT, na qual foram estabelecidas Concentrações Máximas Aceitáveis para o solo, resíduo e água subterrânea, "há risco potencial à saúde de residentes, funcionários do condomínio e trabalhadores de obras civis".
A deputada estadual Vanessa Damo (PMDB), presidente da Frente em Prol dos Moradores do Condomínio Barão de Mauá, na Assembleia Legislativa, já tem conhecimento desse novo laudo, e disse que o próximo passo da comissão será o de agendar uma reunião com a Cetesb e os moradores. "Esse laudo mostra o que já é conhecido, um grande perigo, principalmente para os moradores dos andares mais baixos", comenta. Depois dessa reunião a deputada pretende realizar uma audiência pública na Assembleia. "Queremos trazer a Cetesb, a prefeitura, a construtora e a Cofap para tirar tudo isso à limpo. Vamos combater coisas absurdas. Todos os envolvidos devem arcar com as suas responsabilidades", pontua.
O REPÓRTER procurou ontem a promotora Rosângela Staurenghi, para comentar o resultado dos estudos, mas ela não foi localizada para comentar o assunto.
Emidio Campos Gestor de Segurança Golden Star Segurança Escolta e Porteiro http://segurancadecondominio.blogspot.com
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