A mudança de famílias da área central da cidade para condomínios fechados em regiões periféricas é identificada por instituições ligadas ao setor imobiliário como o principal fator para a ocorrência de casas fechadas. Atribuído ao aumento do poder aquisitivo do consumidor, à qualidade de vida e também à busca por segurança, a procura por esses imóveis [em condomínios] aquece o setor.
Segundo o gerente da Caixa Econômica Federal, Domingos Sávio Rosa, com a transição das classes, há uma procura maior por locais que oferecem mais qualidade de vida. A instituição bancária registra alta nas transações. “Hoje, as pessoas prezam pela qualidade. Um dia, as pessoas de baixa renda compraram por necessidade, mas, com o aumento da renda, buscam a qualidade. Vamos dizer que é um círculo”, observa.
Segundo o delegado regional do Conselho de Corretores de Imóveis, Luís Fernando Batistuta, as pessoas que moravam em casas no centro estão migrando para os condomínios fechados, devido à segurança. Em relação aos imóveis desocupados, ele apresenta uma visão diferente. “As classes A e B estão procurando por segurança. De dez pessoas que procuram casa em condomínios, uma compra fora deles. Hoje, as pessoas preferem condomínios fechados”, observa.
De acordo com dados do Centro de Zoonoses, o bairro que apresenta maior número de imóveis fechados é o Alexandre Campos, com 29,22%, seguido por seus vizinhos Vila Maria Helena (21,49%) e Morada das Fontes, com 15,14%, e ainda pelo Centro (11,49%) e Abadia (29,22%). Todos esses bairros apresentam índice de infestação acima de 10%.
Emidio Campos
Gestor de Segurança
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