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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Condomínios de luxo se unem a pescadores contra Eike Batista



Moradores do principal balneário de luxo de Florianópolis --onde casas custam até R$ 6,5 milhões-- estão se unindo a pescadores e ambientalistas contra um projeto do empresário Eike Batista nas proximidades da praia de Jurerê, litoral catarinense.
Eike pretende construir um estaleiro para navios de petróleo em Biguaçu. A obra ficaria na mesma baía onde está a praia e, dizem os ambientalistas, ameaça a fauna marinha e poluiria o mar.
A divisão local do ICMBio, órgão do governo federal, rejeitou finalizar o licenciamento ambiental por entender que o estaleiro afetaria também reservas ecológicas.
O caso virou prioridade para políticos locais, que pressionam os Ministérios do Meio Ambiente e da Pesca pela obra. Enquanto isso, os moradores organizam manifestações e contatam deputados e órgãos de governo.
Um dos diretores da Associação Jurerê Internacional, Gerson Dalcanale, diz que, em uma assembleia no bairro, quase todos se declararam contrários ao estaleiro.
O medo é que dragagens e o trânsito de embarcações nas proximidades prejudiquem a praia. "Não há muita clareza nos estudos sobre as consequências", diz.
Frequentada por celebridades, Jurerê Internacional é uma espécie de condomínio de luxo aberto. Moradores pagam mensalidade para que as ruas sejam cuidadas e casas não têm grades.
Moradores de praias vizinhas, como Daniela e Sambaqui, também são contrários à obra. Em julho, uma audiência pública teve manifestações e confusão.
OUTRO LADO
O projeto de Eike é orçado em R$ 3 bilhões. A empresa fala em levar o empreendimento para o Rio. Uma decisão sobre o licenciamento pode ocorrer ainda este mês.
O grupo EBX afirma que o estaleiro vai gerar impacto por ser um empreendimento de grande porte, mas que há uma série de ações de contraponto a isso. E ressalta a geração de empregos --estimada em 4.000 diretos-- e a previsão de ações sociais.
O EBX diz que já investe em ações de monitoramento de fauna e flora e até em um programa para contribuir na preservação de botos. Fala ainda em manter uma discussão "de ordem técnica".
Empresas do grupo também já sofreram para obter licenças. No Ceará, as obras de uma termelétrica foram interrompidas e, em Mato Grosso do Sul, a MMX foi multada por uso de madeira ilegal.


Quem é Eike Batista? Leia mais em Mais Informações



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Eike Batista
Visionário, megalomaníaco, brilhante, exibicionista, ousado, supersticioso. Não são poucas as características capazes de descrever Eike Fuhrken Batista, o homem mais rico do Brasil e oitavo na listagem mundial segundo a revista Forbes, ao ser detentor de uma fortuna de aproximadamente US$ 27 bilhões.
Personagens do Mercado vai à procura da história atrás do mito, ao revelar como o mineiro de Governador Valadares conseguiu multiplicar 45 vezes seu patrimônio em 28 anos, entre reviravoltas, turbulências e algumas pitadas de sorte.
Primeiros passos
Nascido em Minas Gerais e criado no Rio de Janeiro, Eike deixa a cidade maravilhosa aos 12 anos e, com sua família, vai morar em Frankfurt, como decorrência a missão de seu pai, Eliezer Batista, incumbido de desenvolver a divisão europeia da Vale, empresa da qual foi presidente por dez anos.
Aos 18, o mineiro decide cursar engenharia metalúrgica na Universidade de Aachen, considerada como uma das melhores da Europa na área. Durante sua estadia universitária, aperfeiçoou o inglês e aprendeu francês, além de praticar o alemão, o qual já falava em casa – fruto de sua descendência germânica, explicitada pela nacionalidade de sua mãe, Jetta Batista.
Por lá, com a renda apertada de um universitário, Eike começou a trabalhar como corretor de seguros, vendendo-os de porta em porta na pequena Aachen, de 260 mil habitantes. Depois, montou uma espécie de trading, ao negociar produtos brasileiros com comerciantes na Europa e na África.
De volta ao Brasil em 1980, inicia sua escalada empreendedora, a qual pode ser dividida em três fases: as aventuras na Amazônia e no Mato Grosso, a fundação da TVX e a expansão gigantesca e exponencial de sua holding, a EBX.
Da Alemanha para o Mato Grosso
A primeira fase, também a mais arriscada, começa com um rumor de uma corrida do ouro na região de Alta Floresta, no Mato Grosso. Aos 23 anos e recém-formado, Eike entra de cabeça no comércio aurífero, atuando como intermediário de garimpeiros na venda do metal para os grandes centros do País, viajando pela Amazônia e pelo Centro-Oeste.
Em 1981, com 24 anos completos, Eike obtém R$ 500 mil emprestados por joalheiros de Rio e São Paulo e adquire a mina de Zetão, conhecido garimpeiro de Alta Floresta. Um ano após, já tinha um patrimônio próximo a US$ 6 milhões, com o qual decidiu mecanizar a produção mato-grossense.
A aposta de modernizar a produção, em meio a entraves logísticos, foi certa e o mineiro – em todos os sentidos – propôs sociedade à Paranapanema, que comprou 50% da mina e se comprometeu a quintuplicar a produção. Estabelecida a parceria, Eike compra uma mina no Amapá, vende-a logo depois e compra outra em Minas Gerais, através da qual consegue firmar parceria com a Rio Tinto, o que lhe rendeu mais e mais dinheiro.
A estratégia de se tornar o homem mais rico do Brasil já estava traçada desde os primeiros investimentos: encontrar bons ativos – com a ajuda de garimpeiros ou procurando projetos abandonados por falta de capital -, criar um projeto de exploração, atrair sócios para financiá-lo e, por um preço atrativo, se desfazer do negócio.
Flerte canadense
A segunda etapa da história de sucesso tem como ponto de partida um aporte canadense. De mina em mina, a história empreendedora de Eike desperta o interesse da Treasure Valley, mineradora do Canadá. Como decorrência, entre o final da década de 1980 e o início da subsequente, há uma fusão de ativos, da qual nasceram a TVX e a superstição pela letra “X” em suas empresas, como símbolo de multiplicação de riqueza.
Com participação de 11% na mineradora, Eike se tornou o principal acionista e presidente da mineradora listada nas bolsas de Nova York e de Toronto. Entre 1991 e 1996, o valor de mercado da companhia mais que triplicou, e a parte detida pelo mineiro inflava junto. Após desavenças com os sócios, vende a parcela na mina canadense e obtém seu primeiro bilhão, que serviu de base para sua terceira – e mais decisiva – escalada.
Nos anos que seguem ao fim da sociedade com os canadenses, o Eike Batista passou por alguns tropeços, com o insucesso das seguintes empresas: a fábrica de jipes JPX, a EBX Express e uma franquia de cosméticos que levava o nome de sua ex-mulher, Luma de Oliveira, sex simbol brasileira na década de 1980. Contudo, um sucesso bastou para Eike conseguir sair de R$ 1 bilhão para R$ 27 bilhões: a prosperidade da EBX.
O céu é o limite
Criada em 1983, a EBX serviu como base para todas as investidas de Eike, das bem-sucedidas às que faliram. Em 1998, a holding inicia sua diversificação, ao investir em diversos setores, sempre com o olhar em projetos que foquem a infraestrutura e recursos naturais. Nasce assim diversas empresas, tais como a MMX (mineração), a MPX (energia), a LLX (logística), a OGX (óleo e gás) e a OSX (serviços em petróleo).
Dessa lista, a primeira a ser criada foi a MPX, cuja certidão de nascimento passa pelo Ceará. Após a crise brasileira de energia vivenciada em 2001, a MPX construiu a usina termelétrica denominada Termoceará, projeto que englobou investimento de US$150 milhões. Com prazo recorde de construção, a usina, com capacidade instalada de 220 MW, começou a operar no segundo semestre de 2002 e, em 2005, foi vendida à Petrobras.
Em 2005, a partir da descoberta de um depósito de minério de ferro de qualidade considerada na classe mundial, a EBX iniciou a construção de um novo projeto de mineração, embrião da MMX. A MMX foi criada em 2006, com três sistemas integrados (Corumbá, Minas-Rio e Amapá), aliando minas de minério de ferro e logística independente, além de plantas para a produção de metálicos.
Com as duas empresas na manga, Eike vai ao mercado de capitais conseguir financiamento. Favorecido pelo boom das commodities e pela prosperidade da economia brasileira à época, realiza o IPO (Initial Public Offer) da mineradora e, sem produzir uma grama de minério de ferro, consegue captar R$ 1,18 bilhão – levantamento recorde do ano e o décimo segundo dentre os maiores da história do mercado brasileiro.
Um ano e meio após a estreia da MMX na bolsa, a Anglo American – única entre as grandes do mundo que não possuía ativos no Brasil – enxergou em Eike sua porta de entrada, ao oferecer US$ 5,5 bilhões por 49% dos sistemas Minas-Rio e Amapá. Fato curioso desta negociação foi o tempo da novela: quatro meses para a conclusão. Enquanto isso, Eike se aproveitava do interesse da Anglo American para fazer fama no mercado e ver suas ações subirem.
Depois do sucesso da MMX, vieram ainda dois IPOs, o da OGX Petróleo, de R$ 6,711 bilhões – maior da história da Bovespa à época do lançamento –, e o mais recente, da OSX, que captou R$ 2,82 bilhões. Lista atualizada das dez maiores ofertas públicas iniciais da história brasileira carrega o nome de Eike em três: OGX (terceira), OSX (sétima) e MPX (nona, com captação de R$ 2,2 bilhões).
Com o acumulo de sucesso em suas investidas, Eike assumiu o posto de homem mais rico do Brasil, de acordo com a revista Forbes. Somada a captação da OSX, o mineiro ficaria entre a sétima e a quarta posição no ranking.
Mimos e superstições
Negócios a parte, Eike é conhecido por suas extravagâncias e superstição. Dentre os mimos, destacam-se o jato Legacy 600, de US$ 26 milhões; a lancha Spirit of Brazil, de US$ 1 milhão – coma a qual obteve o recorde da travessia Rio-Santos; o iate Pershing, de US$ 19 milhões; e os diversos automóveis, como dois Porche Cayenne e um Mercedes SL-R, avaliado em US$ 1,2 milhão e estacionado em sua sala de estar. O automóvel, que chega à velocidade de 334 km/h, é o hibrido que mais se aproxima de um Fórmula 1.
Quanto à superstição, Eike seguiu os conselhos de uma cartomante carioca e foi ao Peru, para Cusco – capital do Império Inca. Por lá, deitou-se de barriga para cima em um campo de futebol e mirou o céu por cinco minutos, apara reajustar a linha da vida. Ainda em Cusco, um guia apresentou-o a uma índia bruxa, a qual pediu que Eike comprasse um saquinho de folhas de coca. A feiticeira soprou-as e pontificou sobre o pai do visitante saúde e outros assuntos.
Suas superstições incluem também o logo de sua empresa, o qual está descrito no website da EBX da seguinte forma
  1. O sol – elemento gráfico presente em todas as marcas do Grupo EBX, representa uma das principais divindades na cultura inca. Para nós, transmite força, poder, liderança e otimismo.
  2. O ouro – nossa vocação para investir em bons negócios, com geração de riquezas progressiva.
  3. Iniciais de Eike Batista.
  4. X – simboliza o potencial de gerar e multiplicar negócios, que acompanha as empresas do grupo EBX há 23 anos.
  5. O verde – respeito ao meio ambiente em todas as áreas que atuamos.
  6. Para o I-Ching, filosofia milenar da cultura chinesa, os três traçoscontínuos e paralelos carregam um forte significado, onde a aplicação da força criativa é o que torna uma grande ideia realidade e o sucesso só é conquistado através da perseverança.


Emidio Campos
Gestor de Segurança
http://segurancadecondominio.blogspot.com

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POR QUE DOAR?A carência de doadores de órgãos é ainda um grande obstáculo para a efetivação de transplantes no Brasil. Mesmo nos casos em que o órgão pode ser obtido de um doador vivo, a quantidade de transplantes é pequena diante da demanda de pacientes que esperam pela cirurgia. A falta de informação e o preconceito também acabam limitando o número de doações obtidas de pacientes com morte cerebral. Com a conscientização efetiva da população, o número de doações pode aumentar de forma significativa. Para muitos pacientes, o transplante de órgãos é a única forma de salvar suas vidas.Saiba mais no Site:http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/transplante-de-orgaos/doacao-de-orgaos.php
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