Especialista analisou imagens de vídeos de Wellington Menezes.
Para ele, assassino sofria de esquizofrenia paranóide.
Depois de assistir às imagens dos vídeos gravados pelo atirador que matou 12 crianças num ataque a escola em Realengo, na Zona Oeste do Rio, o psiquiatra forense Talvane de Moraes conclui: Wellington Menezes de Oliveira sofria de esquizofrenia paranóide.
“Aquela fisionomia é muito mais do que a perplexidade esquizofrênica. Não tem um gesto, uma emoção demonstrada. Ele fica como que congelado. Ele escreveu uma novela, vestiu o personagem criado por ele, que era o terrorista, interpretou e não saiu mais dele. Morreu no papel”, resumiu Talvane.
Para o psiquiatra, não há dúvidas de que Wellington estava com uma doença mental. “É uma doença que conhecemos como esquizofrenia paranóide. Eles estava debaixo de uma situação de delírio e alucinação. É uma ideia que o esquizofrênico monta na sua cabeça a partir de uma premissa falsa. Ao que tudo indica, ele estava se sentindo um terrorista à beira de um ato terrorista”, explicou.
A tal premissa falsa, segundo Talvane, seria “um sentimento doentio de que ele é uma pessoa muito pura, muito boa, que vai para uma missão importante e que os outros são os covardes”.
O que dizem os vídeos
Em dois vídeos gravados antes do ataque, Wellington fala sobre as razões para atacar os estudantes. Nas imagens, Wellington aparece sem barba, na frente do que parece ser um muro, e tem a mesma fisionomia e está no mesmo local de uma foto usada em um perfil atribuído a ele no site de relacionamentos Orkut.
Em dois vídeos gravados antes do ataque, Wellington fala sobre as razões para atacar os estudantes. Nas imagens, Wellington aparece sem barba, na frente do que parece ser um muro, e tem a mesma fisionomia e está no mesmo local de uma foto usada em um perfil atribuído a ele no site de relacionamentos Orkut.
"A luta pela qual muitos irmãos no passado morreram, e eu morrerei, não é exclusivamente pelo que é conhecido como bullying. A nossa luta é contra pessoas cruéis, covardes, que se aproveitam da bondade, da inocência, da fraqueza de pessoas incapazes de se defenderem”, afirma.
O atirador também diz que esteve na escola dois dias antes do massacre. “Hoje, é segunda, terça-feira, aliás. Eu fui ontem, segunda. Hoje é terça-feira, dia 5. E essa foi uma tática para não despertar atenção. Apesar de eu ser sozinho, não ter uma família praticamente... eu vivo sozinho, não tenho pessoas a dar satisfação. Mas, como eu precisava ir ao local e interagir com pessoas, para não chamar atenção, eu decidi raspar a barba”, afirma.Na segunda parte do vídeo, o assassino dá detalhes do planejamento da ação: "Os irmãos observaram que eu raspei a barba. Foi necessário, porque eu já estava planejando ir ao local para estudar, ver uma forma de infiltração. Eu já tinha ido antes, há muitos meses. Eu fui. Eu ainda não usava barba. Eu fui para dar uma analisada”.
O Instituto Médico Legal divulgou na terça o laudo cadavérico de Wellington. Segundo o documento, o assassino sofreu lesões no crânio provocadas por um tiro na têmpora direita, o que comprova que ele se suicidou.
Matéria do G1
Emidio Campos Gestor de Segurança Golden Star Segurança Escolta e Porteiro http://segurancadecondominio.blogspot.com
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