Discussão sobre condomínio
Empresa que mudou de endereço por causa de vizinhos teme problemas com construção de conjunto ao lado
A Schnell do Brasil, em Jaraguá do Sul desde 2003, está pensando, pela segunda vez, em deixar a cidade por causa de um impasse com a Prefeitura. Há dois meses, a empresa saiu do bairro Chico de Paulo para ficar em uma área industrial e agora a Prefeitura começou a construção de um condomínio residencial com 288 apartamentos ao lado da empresa no bairro Ribeirão Cavalo.
Um dos motivos da mudança da empresa foi por causa do barulho. “Estar em uma área industrial é mais apropriado e evita reclamações de vizinhos”, diz o diretor presidente da Schnell, João Henrique Renner. O novo prédio da empresa no Ribeirão Cavalo fica perto da BR-280 e os únicos vizinhos, por enquanto, são moradores de quatro casas que já estavam no local quando a empresa se instalou.
O condomínio faz parte do Projeto Minha Casa, Minha Vida, destinado a pessoas que recebem de zero a três salários mínimos. O residencial vai ficar ao lado da Schnell, às margens da BR-280. Para Renner, falta planejamento da Prefeitura. “Ficamos em Jaraguá porque tínhamos essa área industrial para vir. Agora vão construir os apartamentos. Imagine se os vizinhos começam a reclamar do barulho, os problemas que iremos enfrentar?”, questiona.
Antecipando-se aos possíveis desentendimentos, Renner entrou com uma ação na Justiça Federal contra a Caixa e a Prefeitura. “Oferecemos um imóvel para a Prefeitura em Nereu Ramos, perto de escola e de posto de saúde. Seria até melhor para essas famílias”, diz ele, que afirma não ter conseguido negociar com a Prefeitura.
Agora, ele está mobilizando vereadores e autoridades para tentar mudar o local de construção do residencial. “Estou pensando no futuro e quero me adiantar, porque planejava transformar o terreno que tenho atrás da empresa em condomínio industrial. Agora, isso está fora de cogitação porque nenhuma empresa vai querer ficar ao lado de 288 vizinhos que podem reclamar de barulho, movimento de caminhões e outras atividades”, prevê Renner.
A Prefeitura alega que não está fechada para negociações e diz que não recebeu nenhum documento da Schnell sobre a troca do terreno. “Eles disseram que esta possibilidade existia, mas não nos apresentaram nada”, afirma a prefeita Cecília Konell.
Ela lembra que a área em questão é industrial, mas não impede a construção de casas ou comércio. “Não há problema com o planejamento das áreas da cidade. Fizemos um estudo para definir a construção destes apartamentos e estamos certos de que aquele é um bom lugar para as famílias.”
A Construtora Sul Brasil, responsável pela obra, já começou os trabalhos de terraplenagem no local. “Não estamos fechados para negociação, mas o projeto do residencial está em andamento e, antes de qualquer coisa, analisaremos o que será melhor para as famílias”, garante Cecília.
O impasse entre Prefeitura e a Schnell já foi discutido em plenária do Comcidade (Conselho da Cidade), em dezembro. Na ocasião, ficou decidido que não havia problema na instalação do condomínio residencial ao lado da empresa. O conselho pediu, apenas, que fosse construída uma barreira vegetal com árvores entre a empresa e o condomínio.
A Schnell tem 60 funcionários e fabrica máquinas para cortar e dobrar aço. Entre seus clientes estão empresas com a Gerdau, Belgo Mineira e Odebrecht.
JARAGUÁ DO SULUm dos motivos da mudança da empresa foi por causa do barulho. “Estar em uma área industrial é mais apropriado e evita reclamações de vizinhos”, diz o diretor presidente da Schnell, João Henrique Renner. O novo prédio da empresa no Ribeirão Cavalo fica perto da BR-280 e os únicos vizinhos, por enquanto, são moradores de quatro casas que já estavam no local quando a empresa se instalou.
O condomínio faz parte do Projeto Minha Casa, Minha Vida, destinado a pessoas que recebem de zero a três salários mínimos. O residencial vai ficar ao lado da Schnell, às margens da BR-280. Para Renner, falta planejamento da Prefeitura. “Ficamos em Jaraguá porque tínhamos essa área industrial para vir. Agora vão construir os apartamentos. Imagine se os vizinhos começam a reclamar do barulho, os problemas que iremos enfrentar?”, questiona.
Antecipando-se aos possíveis desentendimentos, Renner entrou com uma ação na Justiça Federal contra a Caixa e a Prefeitura. “Oferecemos um imóvel para a Prefeitura em Nereu Ramos, perto de escola e de posto de saúde. Seria até melhor para essas famílias”, diz ele, que afirma não ter conseguido negociar com a Prefeitura.
Agora, ele está mobilizando vereadores e autoridades para tentar mudar o local de construção do residencial. “Estou pensando no futuro e quero me adiantar, porque planejava transformar o terreno que tenho atrás da empresa em condomínio industrial. Agora, isso está fora de cogitação porque nenhuma empresa vai querer ficar ao lado de 288 vizinhos que podem reclamar de barulho, movimento de caminhões e outras atividades”, prevê Renner.
A Prefeitura alega que não está fechada para negociações e diz que não recebeu nenhum documento da Schnell sobre a troca do terreno. “Eles disseram que esta possibilidade existia, mas não nos apresentaram nada”, afirma a prefeita Cecília Konell.
Ela lembra que a área em questão é industrial, mas não impede a construção de casas ou comércio. “Não há problema com o planejamento das áreas da cidade. Fizemos um estudo para definir a construção destes apartamentos e estamos certos de que aquele é um bom lugar para as famílias.”
A Construtora Sul Brasil, responsável pela obra, já começou os trabalhos de terraplenagem no local. “Não estamos fechados para negociação, mas o projeto do residencial está em andamento e, antes de qualquer coisa, analisaremos o que será melhor para as famílias”, garante Cecília.
O impasse entre Prefeitura e a Schnell já foi discutido em plenária do Comcidade (Conselho da Cidade), em dezembro. Na ocasião, ficou decidido que não havia problema na instalação do condomínio residencial ao lado da empresa. O conselho pediu, apenas, que fosse construída uma barreira vegetal com árvores entre a empresa e o condomínio.
A Schnell tem 60 funcionários e fabrica máquinas para cortar e dobrar aço. Entre seus clientes estão empresas com a Gerdau, Belgo Mineira e Odebrecht.
NÍVEL DE RUÍDO |
Na área em que está instalada, a Schnell pode produzir ruído de até 70 decibéis, das 7 às 22 horas. Das 22 às 7 horas, o máximo cai para 60 decibéis, de acordo com decreto municipal. Em uma área residencial, este número não pode passar de 55 decibéis. |
ÁREA DA CONSTRUÇÃO |
A Schnell está instalada em uma Zona Industrial com Restrição (ZIR), local com indicação de instalação de indústrias, que não poluam a água porque a captação da Samae fica perto. A área industrial não impede a construção de casas e comércio. |
Emidio Campos
Gestor de Segurança
http://segurancadecondominio.blogspot.com
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