Garoto morreu em junho de 2008; corpo tinha marcas de agressões.
Mãe e padrasto foram condenados por lesões, e não por homicídio.
Kátia Marques e Juliano Gunello foram condenados na segunda-feira (12) a sete anos de prisão por maus-tratos contra Pedro Henrique, de 5 anos, mas ainda não passaram nem um dia sequer na cadeia. Isso porque o casal pode recorrer em liberdade da decisão.
Kátia é mãe do menino e Juliano, o padrasto. Eles moravam em um condomínio em Ribeirão Preto. Pedrinho morreu em 12 de junho de 2008.
Um dia antes, uma vizinha conversou com o menino: “Ele estava todo empipocado. Perguntei se ele já tinha falado com a
O corpo de Pedrinho foi exumado. De acordo com o laudo feito com ajuda da faculdade de medicina da USP, o menino sofreu antes de morrer. Ele tinha 65 equimoses - manchas na pele - provocadas por apertões, tapas ou sacudidas violentas. Os ferimentos aconteceram em datas distintas.
Os legistas constataram ainda duas fraturas nas costelas. A data dessas lesões: entre duas e três semanas antes da morte. Foram encontradas ainda duas fraturas recentes no punho.
"A fratura ocorreu no mínimo 12 horas antes da morte", diz o diretor do Centro Médico Legal de Ribeirão Preto José Eduardo Velludo.
Quando o resgate chegou ao condomínio, o casal disse que o menino podia ter bebido um tira-manchas tóxico, informação que confundiu o atendimento médico e depois foi desmentida na perícia.
As semelhanças com o caso Isabella chamam a atenção. Três meses separam um crime do outro, as vítimas tinham a mesma idade e os acusados negam as agressões. Mas Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá foram denunciados por assassinato, condenados em júri popular e estão presos. No caso Pedrinho, o caminho jurídico foi diferente.
“Esse casal não foi denunciado por homicídio. Há provas que ocorriam lesões e que essas lesões provocaram a morte. Mas não temos elementos para afirmar que eles de fato queriam matar o Pedrinho”, diz o promotor José Roberto Marques.
Kátia Marques e Juliano Gunello - apontado como o principal agressor - foram denunciados à Justiça por tortura. Acusados desse crime não vão a júri popular. A decisão cabe a um juiz.
“O que mais surpreende neste caso é realmente uma mãe permitir que se faça isso com um filho dela. Isso é inaceitável”, diz o promotor José Roberto Marques.
Emidio Campos
Gestor de Segurança
http://segurancadecondominio.blogspot.com
Um comentário:
PEDRINHO FOI ASSASSINADO, vítima de TORTURA
e não foi apenas vítima de MAUS-TRATOS !!!
Lamentável, vergonhoso e inaceitável !
Depois não entendem porque a população solta fogos ao final de um julgamento quando ASSASSINOS de anjos inocentes são condenados.
Simples...porque estamos no Brasil e raros são os casos onde a IMPUNIDADE não impera, motivo mais do que justo para se comemorar !
Pedrinho não teve direito à vida...por que os assassinos deste pequeno anjo terão o direito ao regime semi-aberto e responderão por maus tratos se o que fizeram foi ASSASSINAR o PEDRINHO ???
Queremos Justiça !!!
Blog do Pedrinho: http://pedrohenriquemarquesrodrigues.blogspot.com/
Caso Pedrinho na íntegra: http://www.eunanet.net/beth/pedrinho.php
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