As principais vantagens de compartilhar a infraestrutura são o aumento da segurança e a redução de despesas, como manutenção de portaria e refeitório. A concentração de empresas em um condomínio também viabiliza a utilização de equipamentos de ponta para reforçar a segurança.
Apenas um vigilante armado na portaria custa R$ 12.000 ao mês, valor maior do que a taxa de condomínio de cerca de R$ 8.000 ao mês paga por um galpão de 1.500 metros quadrados em um empreendimento de Jundiaí, segundo dados da consultoria imobiliária Herzog, que administra 11 condomínios.
Empresas de quase todos os setores podem participar do complexo, mas a maioria dos galpões é usada por companhias logísticas. Uma delas é a transportadora Plimor, presente em nove condomínios industriais. “Para nossos clientes, conta muito a empresa estar em condomínios”, afirma Henrique Cipelli, gerente-geral da unidade de Campinas da Plimor. O motivo é a facilidade de transporte de mercadorias, possível graças à proximidade com as rodovias, e os ganhos em segurança. “Há muita ocorrência de roubos de carga na região. Dentro dos condomínios, o risco é menor, porque a segurança é reforçada.”
Foto: Eduardo Iezzi / Fotoarena
Condomínio Pólo Industrial de Jandira foi um dos primeiros a agrupar empresas
Uma das primeiras a entrar em condomínio foi o Habib’s. A empresa instalou sua cozinha industrial no , na Grande São Paulo, onde concentra a operação de abastecimento de 180 restaurantes e reúne um movimento diário de cerca de 150 caminhões. Além do ganho de segurança, a infraestrutura adaptada para o setor industrial e o fácil acesso à rodovia Castello Branco favoreceram a escolha por instalar a unidade em condomínios. “O movimento que gera nossa atividade pode atrapalhar os moradores. Mas aqui, não é problema, porque só temos empresas como vizinhos”, afirma Mauro Saraiva, diretor de produção de logística do Habib’s.
O Habib’s está em um dos primeiros condomínios industriais construídos na grande São Paulo, criado em 1994. Hoje com 28 empresas, que juntas geram um Produto Interno Bruno (PIB) de R$ 2 bilhões por ano, o condomínio ganhou força a partir do ano 2000, segundo o administrador do condomínio, Tahtto Foglio. “As empresas só vieram quando sentiram que o local é seguro.”
Emidio Campos
Gestor de Segurança
http://segurancadecondominio.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário