10/7/2010
Crimes colocam Fortaleza na rota de cidade violenta. Ontem, empresário foi morto no condomínio onde residiaFortaleza está mesmo se transformando na "cidade do crime". Na última quinta-feira, foi o empresário do ramo de importados e eletrônicos Francisco Francélio Holanda Filho, de 43 anos, ser morto a tiros no cruzamento das ruas João Cordeiro com Padre Valdevino, em plena Aldeota, com suspeita de crime de pistolagem. Já ontem, foi a vez do empresário do ramo de construção Antônio Vander Timbó Magalhães, 67 anos, natural da cidade de Hidrolândia, ser executado na garagem do condomínio San Geovanni, onde residia, na Rua Márlio Fernandes, 131, no Conjunto Guararapes, no bairro Edson Queiroz, vítima, segundo a versão inicial da Polícia, de um desfecho de "saidinha bancária´´, com latrocínio.
Versão
A versão sobre o crime foi dada pelo delegado titular do 26º Distrito Policial, Rommel Kerth, que esteve no local fazendo as investigações preliminares.
"Por volta das 13h30, o empresário havia se dirigido a uma agência bancária localizada na Avenida Pontes Vieira para efetuar uma operação. Às 14h30, ele retornava e possivelmente foi seguido por dois bandidos que estavam em uma moto, até a garagem do prédio onde morava", contou Rommel Kerth. Segundo testemunhas, a vítima teria sacado R$ 3 mil na agência bancária.
"Ao adentrarem a garagem do condomínio, anunciaram o assalto, o empresário reagiu. Houve luta corporal e Antonio Vander acabou sendo baleado com seis tiros", disse Rommel.
"Após deixarem o empresário caído, os bandidos abandonaram a moto, um deles conseguiu sair pelo portão e entrou em um veículo Gol que estava estacionado fora do condomínio, com motorista, para dar cobertura, fugindo em seguida. Já o outro pulou a grade de proteção do condomínio e fugiu a pé, tendo tempo para abandonar, na rua, seu capacete" contou Rommel.
O delegado acredita que o crime tenha sido cometido por latrocínio e vai trabalhar nesta vertente. Segundo ele, as câmeras instaladas em torno da guarita e no condomínio vão ajudar na identificação dos criminosos e também será importante a ajuda que o depoimento do guariteiro que estava no posto de serviço vai trazer para a elucidação da ocorrência.
Já a perita criminalista Sônia Silva, que compareceu ao local para realização de exame pericial, afirmou que foram disparados oito tiros a curta distância de pistola calibre 380, sendo que destes, seis atingiram o corpo do comerciante, que veio a óbito no local. Ela também confirmou a luta corporal do comerciante com os bandidos, este apresentava muitos hematomas no corpo e no local acusou ainda a existência de muito sangue derramado sobre as paredes da garagem.
Moto
Na garagem, os bandidos abandonaram a moto Twister de cor vermelha, com placa fria HYA- 3336, que, segundo o delegado Rommel Kerth, tem placa e número de chassi clonados.
MORTE NA ALDEOTA
Polícia começa a ouvir testemunhas
Foi sepultado ontem à tarde, sob forte comoção, o corpo do empresário do ramo de telefonia móvel e importados Francisco Francélio Holanda Filho. O enterro aconteceu no cemitério Jardim Metropolitano com a presença de familiares e dezenas de amigos do empresário.
Francélio foi assassinado na noite da última quinta-feira (8), na esquina das ruas João Cordeiro e Padre Valdevino, no bairro da Aldeota, por dois homens em uma moto. A dupla teria seguido o empresário desde a Avenida Antônio Sales até o local do crime e efetuado vários disparos contra o carro da vítima - um Hyundai Tucson preto. Depois, os motoqueiros acertaram dois tiros na vítima, quer perdeu o controle da direção do veículo e bateu contra um poste de iluminação pública.
Inicialmente, o caso foi levado para o plantão do 34º DP (Centro). Ontem pela manhã, o titular do 34º DP, Aurélio Araújo, encaminhou o procedimento para o 4º DP (Pio XII), que é a delegacia responsável pela área onde o crime aconteceu. Segundo ele, uma única cápsula de pistola Ponto 40 foi encontrada dentro do carro da vítima.
Investigações
O delegado José Munguba Neto, titular do 4º DP, assim que recebeu a investigação foi até o local do crime com o investigador Feitosa, a procura de novas pistas. "Logo neste primeiro momento, requisitamos as imagens gravadas pelo circuito interno de TV de um edifício que fica próximo ao local do crime. Essas imagens serão analisadas e podem nos ajudar bastante nas investigações", destacou.
O delegado procurou novamente por cápsulas de arma de fogo nos arredores do local. "Até o momento, só há esta cápsula que foi encontrada dentro do carro da vítima, que será encaminhada à Perícia Forense", adiantou.
Ainda ontem, o delegado ouviu uma testemunha - pessoa que reside perto do local onde o empresário foi assassinado. Na próxima segunda-feira, outras três pessoas devem prestar depoimentos durante o dia. "Além disso, temos o material que estava dentro do carro da vítima, notebooks, Iphones, celulares. Se interessarem ao andamento da investigação certamente serão encaminhados à Perícia Forense para análise".
ADALMIR PONTE
REPÓRTER
Emidio Campos
Gestor de Segurança
http://segurancadecondominio.blogspot.com
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