Com 63 kg e 57 kg, o casal Ian e Shiraz foi reprovado pelo peso. Eles são dois são-bernardos bobões, mansos por natureza e não latem. Ainda assim, a vizinhança não quer negócio com eles. Celso Barbosa é dono de dois são-bernardos e dois yorkshire e ja tiveram problemas com o novo condomínio Pelo regulamento interno do prédio onde moram, na Barra Funda (zona oeste de São Paulo), entregue em junho passado, só os cachorros de pequeno porte são aceitos. A situação desse condomínio se repete em outros bairros: prédios novos têm imposto limite de peso, em geral 5 kg ou 7 kg, para liberar apresença de animais. A restrição, considerada controversa por veterinários e advogados, inviabiliza raças comuns, como labrador. Como tudo em condomínio, o assunto terminou em polêmica. Além do porte, o prédio também decidiu limitar os cães a dois por apartamento. "Comprei na planta e a construtora disse que não haveria problemas com os animais. Quem não tem cachorro não pode ter mais direitos do que quem tem", diz o comerciante Celso Barbosa, dono dos são-bernardos. Segundo construtoras e administradoras imobiliárias, o modelo do regimento interno é padrão e usado para vários prédios, o que tem perpetuado o impasse. Na região do parque da Água Branca (zona oeste), a dona de casa Patrícia Ferrari, que foi para o prédio novo onde mora em 2010, já vai se mudar porque, mesmo com dois yorkshires, de pequeno porte, é obrigada a andar com os animais no colo sempre que sai para passear. "Não existe uma raça melhor ou pior para apartamento", diz Mauro Lantzman, veterinário especialista em comportamento animal. O Secovi, o sindicato do setor imobiliário, diz que a proibição a cães em condomínios já foi derrubada nos tribunais. "O que menos importa é o porte, mas o incômodo", diz o advogado Márcio Rachkorsky. "Cada prédio aprova o que acha conveniente", diz Pércio Lowenthal, dono da administradora de prédios Lloyd Imobiliário. |
Emidio Campos
Gestor de Segurança
http://segurancadecondominio.blogspot.com
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