Está marcada para dia 16 de setembro, no TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo o julgamento da ação civil pública que pede reparações por danos ambientais e indenizações aos moradores do Condomínio Barão de Mauá, construído sobre terreno onde funcionou, entre 1972 e 1993, um aterro industrial da Cofap, pertencente à Magnetti-Marelli, que faz parte do Grupo Fiat.
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Há 10 anos, os moradores aguardam por essa decisão, mas ainda cabe recurso. Mas, segundo o advogado José Luiz Corazza que representa 300 famílias, não impede a execução das indenizações que variam entre R$ 500 mil e R$ 1, 3 milhões, por família, somando um total de R$ 300 milhões. Segundo ele, se todas as 1.760 famílias que moravam no local pedirem ressarcimento o valor pode chegar a R$ 2 bilhões.
Em 2000, uma explosão em um dos blocos de apartamento, que matou um homem e feriu outro com gravidade quando trabalhavam no local, trouxe à tona a contaminação do solo, confirmada em 2001 pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). Os laudos divulgados apontaram presença de 44 substâncias nocivas à saúde.
Em clima de emoção, a data do julgamento foi revelada ontem pelo advogado para cerca de 120 pessoas presentes no salão da Paróquia São Vicente, em Mauá. "Coincidentemente, foi no dia 15 de setembro de 2008 que entrei com as primeiras 72 ações. E dia 16 de setembro é Dia de São Cipriano. Dia 16 de setembro de 2010 serão julgadas todas as ações já em execução. O resultado também valerá para quem não entrou ainda", disse Corazza.
Ele e todos os presentes estão confiantes de que seja mantida a decisão da primeira instância, que condenou as rés da ação de autoria do Ministério Público Estadual, "Espero que a justiça seja feita. Mas só de haver julgamento já é um alívio", declarou a síndica Aparecida de Benedito Bolsarin.
Emidio Campos
Gestor de Segurança
http://segurancadecondominio.blogspot.com
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