
Numa visita rápida a Santa Cruz, fica nítida a enorme diferença entre os sub-bairros da região. Enquanto a modernidade já aparece no Centro, em áreas mais afastadas não há saneamento e as estradas ainda são de terra. No entanto, não é essa a principal queixa dos moradores. Eles querem, principalmente, opções de lazer.
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Apesar de a oferta de terreno ser farta, não há, se quer, uma pracinha. Campos de futebol? Também não. Área verde? Somente o matagal que cresce livre por terrenos baldios.
Moradora da região desde pequena, Claudia Maria dos Santos, de 46 anos, não pensa em se mudar. Ela vive numa casa construída pela família e, apesar de nunca ter morado em apartamento, fica animada com a ideia de ver um “condomínios-clube” na região:
— Aqui não tem nenhuma área de lazer. Eu gostaria de morar num lugar com piscina e quadras de futebol, pois meu filhos precisam disso.
A professora Angélica Ramos, de 24 anos, também se queixa da falta de lazer, e cobra espaços de cultura:
— Para ir ao cinema, temos que sair do bairro. Eu gosto de morar aqui, mas o bairro precisa melhorar.

O brasileiro gosta mesmo é de água
Pesquisa aponta que piscina é o item mais pedido nos condomínios, seguida pela churrasqueira
O sonho de Claudia Maria dos Santos de morar numa casa com piscina está longe de ser inédito. Uma pesquisa realizada pela construtora Living, do grupo RJZ Cyrela, em seus estandes de venda, mostra que a piscina é o item mais desejado pelos futuros moradores.
— Com o programa habitacional “Minha casa, minha vida”, ficou viável colocar itens de lazer até em condomínios populares. O consumidor quer o que cabe no bolso, mas escolhe o que tem maior apelo — afirma Alexandre Calazans, gerente de incorporações da Living.
Com aproximadamente 1,7 milhão de piscinas instaladas, o Brasil é o segundo maior mercado do mundo, atrás somente dos Estados Unidos.
Embora seja o principal, esse não é o único item pedido pelos entrevistados. Depois da piscina, a opção de lazer mais citada foi a churrasqueira. Quadras poliesportivas e academias não foram esquecidas, mostrando a vocação do carioca ao esporte e à busca de uma vida saudável.
— As construções do “Minha casa, minha vida” atingem, em sua maioria, pessoas de bairros mais distantes do centro da cidade, acostumadas a morar em casas. Por isso a piscina e a churrasqueira têm tanto apelo — diz Calazans.
Mas e o condomínio? Itens de lazer geralmente fazem com que o valor da cota mensal seja alto. Segundo ele, os novos empreendimentos possibilitam que a taxa não custe caro, devido ao grande número de apartamentos.
— Os novos condomínios têm, geralmente, mais de 400 unidades. Com mais gente para dividir os custos, a cota condominial não pesa tanto no bolso. Como apenas a piscina tem manutenção, o rateio mensal fica entre R$ 100 e R$ 200 — afirma o gerente da Living.
Emidio Campos
Gestor de Segurança
http://segurancadecondominio.blogspot.com
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