Condomínio sobe mais que a inflação em São Paulo
Os paulistanos tiveram um reajuste acumulado de 10,66% nos valores pagos pelos condomínios nos últimos 12 meses
Os paulistanos tiveram um reajuste acumulado de 10,66% nos valores pagos pelos condomínios nos últimos 12 meses. A alta é quase o dobro da inflação geral medida pelo Índice do Custo de Vida (ICV), que foi de 5,58% no mesmo período, de acordo com um cálculo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Os maiores aumentos no ano foram registrados nos meses de fevereiro (4,32%), maio (2,47%) e junho (1,06%). O índice de reajuste dos condomínios é calculado pelo Dieese, que toma como base três fatores: água, energia elétrica e mão de obra. Segundo a coordenadora do ICV do Dieese, Cornélia Porto, os dois primeiros fatores ainda não foram reajustados e, por isso, as variações estão relacionadas com o custo da mão de obra, como vigias e profissionais da limpeza, por exemplo.
Além do reajuste da água e energia elétrica, o morador pode esperar novas altas no segundo semestre. Isso porque estão previstos o dissídio dos funcionários das empresas de terceirização de mão de obra e os custos com 13º salário, que terão um impacto no preço do condomínio, explica o diretor de condomínio da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (Aabic), Omar Anauate.
Preço médio
Todos os meses a Aabic calcula a média dos valores de condomínios em São Paulo. Em maio, o preço médio foi de R$ 743 para empreendimentos de um a quatro dormitórios. Na divisão por tipo de apartamento, a média foi de R$ 284 para um quarto, R$ 434 para dois dormitórios, R$ 798 e R$ 1.492 para três e quatro quartos, respectivamente.
Quem vai alugar ou comprar um apartamento, além do preço do aluguel ou prestação, localização e condições do prédio, também deve prestar atenção no valor do condomínio. De acordo com o vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi-SP, Hubert Gebara, o valor do condomínio tem uma variação muito grande e pode ter custo mais alto se tiver um número menor de unidades, por exemplo.
As opções de lazer do prédio, como piscinas, quadras esportivas, saunas e parques infantis são outros fatores que pesam no valor dessa despesa mensal. O executivo do Secovi-SP também recomenda que o montante pago no aluguel ou prestação mais o condomínio nunca deve ultrapassar mais de 25% a 30% do orçamento familiar. "Caso aconteça algum imprevisto ao longo do mês, o morador fica sem reserva financeira. Por isso, é importante fazer esses cálculos antes de assinar um contrato, seja de aluguel ou de compra de um imóvel", explica Gebara.
Emidio Campos
Gestor de Segurança
http://segurancadecondominio.blogspot.com
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