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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Segurança em Shopping Centers

Segurança e o fator de risco



Segurança Operacional em Shopping Centers

Por que Segurança Operacional?
Muito se fala de segurança patrimonial, do trabalho, da informação e pessoal, mas onde está a segurança voltada ao funcionamento operacional de um empreendimento? Aquela equipe, a qual pode e deve ter seu foco no atendimento ao cliente, no funcionamento dos equipamentos utilizados pelos freqüentadores como escadas rolantes e elevadores. Profissionais focados em situações de emergência e abandono da edificação. Onde se enquadra o profissional, o qual está preocupado com a temperatura no interior do shopping, na limpeza das áreas? Enfim, todo este aparato operacional. Pois bem, esta é a segurança operacional, a qual pode e deve ser formada por funcionários próprios (orgânicos), comprometidos com o negócio, pois fazem parte dele. Capacitados para trabalhar especificamente em shopping centers e com perfil adequado às necessidades operacionais do empreendimento.

Sem a menor ambição de criar polêmica ou alterar os modelos atualmente adotados pelo setor ou mesmo criar nomenclaturas desnecessárias, mas sim de utilizar uma referência mais adequada às atividades desenvolvidas por estes profissionais.

Muitos afirmam que este modelo representa custos elevados, mas observamos que algumas administradoras conseguem gerir equipes orgânicas com custo inferior à terceirizadas, permitindo um nível superior no atendimento ao cliente, desempenho operacional adequado às necessidades do negócio e em conseqüência uma maior qualidade na prestação dos serviços.

Interface Operacional


A Segurança de um shopping center é parte de uma equipe maior, a equipe de operações. Independente do organograma adotado pela maioria das corporações, onde a segurança muitas vezes consiste em uma gerência independente e ligada diretamente a gerencia geral, a segurança faz parte da “operação” do shopping. Intimamente ligada à manutenção, conservação e limpeza, e administração do estacionamento.

A segurança do shopping são os olhos da administração, fiscal no cumprimento de normas e regimento interno. Estando no mall são os primeiros a perceberem uma lâmpada queimada, um piso molhado, um mau funcionamento do ar condicionado, um veículo vazando combustível e uma imensa gama de fatos, os quais apenas aqueles que estão permanentemente no mall, estacionamento ou áreas técnicas podem perceber.

Esta íntima ligação entre as áreas deve ser mantida e estimulada, devendo seus respectivos gestores disseminar este sentimento de equipe e comprometimento com o negócio. Cabe ressaltar ainda, que o Gerente de Operações precisa estar alinhado com o Gerente de Segurança (quando for o caso), promovendo encontros da área de operações e Segurança, abrindo espaço para o tratamento de assuntos em comum à operação do empreendimento.

Contudo, cuidados devem ser tomados para não se transferir a responsabilidade de outras áreas para a Segurança. Em algumas administrações, por vezes a equipe de segurança é condenada pelo fato de uma poça d’água ser encontrada no chão ou uma lâmpada ser vista queimada. Ora, limpar o piso é função da Conservação e Limpeza, e trocar a lâmpada queimada é função da Manutenção. Responsabilizar a Segurança por estes motivos seria no mínimo injusto ou pode-se considerar uma distorção do conceito aqui defendido. O fato é que isto acontece com freqüência e deve ser motivo de atenção dos gestores de segurança do shopping. Como dito anteriormente, a Segurança fiscaliza a área operacional, porém a tendência dos administradores é reduzir o efetivo, aumentado a rentabilidade e mesmo assim mantendo a expectativa de eficiência operacional. Esta é uma conta que muitas vezes “não fecha”. Há de se encontrar um equilíbrio entre rentabilidade, eficiência operacional e a expectativa do corpo gerencial da administração para com o desempenho da equipe de Segurança no que tange à fiscalização de problemas operacionais de forma geral.

Cabe ressaltar ainda que o fato do gestor de segurança estar posicionado dentro do corpo gerencial da administração facilita a defesa em busca do equilíbrio acima citado. Algumas administrações posicionam o gestor de segurança como coordenador, supervisor ou chefe de setor, se reportando ao gerente de operações, o que não apenas neste caso específico, mas em diversas outras situações dificulta a gestão, emperrando processos, distorcendo conceitos e não oferecendo ao profissional de segurança o seu justo lugar na organização.
Por: Nilton Almeida Júnior


Emidio Campos
Gestor de Segurança
http://segurancadecondominio.blogspot.com

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