Justiça condena morador de Copacabana a indenizar transexual
Rio - Uma transexual moradora de um edifício em Copacabana há 22 anos será indenizada por um vizinho em R$ 3 mil por danos morais. A 3ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis do Rio manteve a sentença da primeira instância que considerou que a jornalista foi vítima de ofensas discriminatórias.
O vizinho denunciado realizava frequentemente festas no corredor do andar em que ambos residem. Segundo o processo, ele transformava o espaço em um verdadeiro playground, com mesas, cadeiras, rodadas de cerveja e música alta. Quando a denunciante reclamou por escrito ao condomínio, ele passou a insultá-la aos berros de “aidética”, “vagabunda”, “beira de rua”, “jornalista de m...” etc.
De acordo com a autora do processo, ela precisou fazer hemograma para HIV, cujo resultado foi negativo, para apresentar a alguns vizinhos, que passaram a olhá-la com desconfiança.
As agressões não foram apenas verbais, pois, ainda de acordo com o processo, na ocasião em que comemorava sua eleição para síndico do condomínio, o vizinho citado no processo, embriagado, arremessou uma lata de cerveja pela grade da porta da jornalista, quebrando espelho e peças chinesas que decoravam um aparador.
Emidio Campos
Gestor de Segurança
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