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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Segurança em órgãos públicos

Segurança em órgãos públicos, gabinetes e locais de trabalho

"De nada adianta proteger um dignitário durante deslocamentos, em momentos de folga e em aparições públicas, se o local onde ele trabalha não possui segurança satisfatória. Sem proteção adequada, escritórios não estão imunes a seqüestros, assaltos e atentados terroristas, por exemplo".

Como profissionais encarregados de proteger personalidades, obrigatoriamente temos que analisar as condições de segurança dos ambientes de nossos protegidos. Não raramente, ao fazê-lo, constatamos que estamos diante de “indigestos abacaxis” que realmente colocam à prova nosso profissionalismo.
Por achar que a execução das tarefas na área de segurança se constitui ramo de quase nenhuma especialização, boa parte das pessoas continua entregando a defesa de suas vidas a qualquer um que lhe pareça profissional e que se disponha a receber um parco salário, insistindo em barganhar com a própria segurança. Há ainda os que selecionam para si agentes de segurança pessoal capazes, mas sem apresentar o mesmo esmero na seleção dos profissionais que atuam na segurança física de suas residências e, sobretudo em seus locais de trabalho. De nada adiantará proteger um dignitário nos seus deslocamentos, nos momentos de folga ou em suas aparições públicas, se o local onde ele trabalha (e onde normalmente pode ser mais facilmente encontrado) não contar com segurança satisfatória.


Apenas para se estabelecer um paralelo, temos diversos exemplos de seqüestros de executivos (alguns dos quais até dispunham de segurança pessoal) que ocorreram em seus locais de trabalho, depois de os criminosos se darem conta da extrema facilidade em chegar ao alvo. Atentados podem ser perpetrados para atingir a pessoa ocupante do cargo em si ou para desmoralizar a condição de mando dela própria ou do governo ao qual pertence. Assim, a segurança tem muitos motivos para se preocupar: desde um desequilibrado, como o famoso “Beijoqueiro”, aos atentados com armas de fogo e artefatos explosivos. Isso sem falar em assaltos em postos bancários e caixas eletrônicos.


Como os efetivos de segurança do Parlamento Indiano devem ter descoberto a duras penas - após a invasão sofrida em dezembro de 2001 - é necessário reforçar a segurança nos órgãos públicos para que se possa realmente garantir que as autoridades estarão protegidas em seu interior. Dá para imaginar a surpresa que deve ter tomado conta da segurança da Câmara Municipal de Nova York quando, em julho de 2003, um homem armado disparou à queima roupa, matando um parlamentar em plena sessão plenária. Até então, o prédio histórico que abriga a Câmara e a Prefeitura de Nova York era tido como dos mais protegidos da cidade. Na ocasião, o assassino foi detido pelos disparos certeiros de um segurança em trajes civis que também estava no interior do plenário.

Como fazer?

Faz-se necessária uma criteriosa avaliação das condições de segurança física do local de trabalho do dignitário. É imprescindível apontar os riscos de segurança que pesam contra o referido local e conseqüentemente contra o protegido enquanto nele estiver. O que funciona no local e quem nele trabalha ou circula rotineiramente? Qual é a conjuntura política e como está o grau de satisfação da população para com o governo que ela representa ou para com aquela(s) autoridade(s) especificamente? Quem tem razões para temê-lo ou odiá-lo? Como é o perímetro da edificação? Onde está situado? Como é feita a segurança do local? Há identificação e revista em todos que adentram ao local? Há controle sobre a circulação de volumes? Há equipamento de circuito fechado de televisão monitorando os acessos e as áreas internas? Existe operador monitorando tais câmeras? Esse sistema grava imagens em tempo real? Há segurança permanentemente circulando nas áreas internas? Existe naquele local algum histórico de ocorrências envolvendo ações criminosas ou terroristas? Que tipos de ações criminosas podem ser perpetradas? Quais as possibilidades de que alguém possa acessar a autoridade sem passar pela segurança?
Assim como os sucessivos círculos de segurança protegem normalmente um dignitário em seus deslocamentos ou nos locais de evento, a segurança física das instalações públicas deve obedecer ao princípio da defesa em profundidade, onde sucessivas medidas ou equipamentos são posicionados como que em camadas, para dissuadir ou deter um ataque. Estamos falando da combinação de todos os recursos da segurança dispostos desde o exterior até o objeto de proteção, como cerca ou concertina de arame sobre o muro, iluminação das áreas escuras, cancelas, arco detector de metais, sistema de identificação da portaria, seguranças ou guardas armados na entrada, câmeras do circuito fechado de televisão, sensores de infra-vermelhos, sistema de no-break para os equipamentos eletrônicos, entre outros, até chegar à segurança na recepção do gabinete. São medidas que se combinam e se sobrepõe, assegurando uma maior possibilidade de que uma ação contra a autoridade naquele local possa ser desencorajada ou em caso extremo, detectada antes do agressor alcançar seu intento.

A entrada de veículos no perímetro das instalações também deve ser controlada. A aproximação deve se dar em baixa velocidade. Para isso, o trajeto pode dispor de obstáculos para obrigar a redução da marcha. A disposição dos meios de proteção também deve prevenir uma entrada forçada a partir do emprego de obstáculos físicos fixos (como blocos de concreto, galões metálicos com líquido, cavaletes metálicos) ou removíveis (como dentes hidráulicos retráteis, placas metálicas com pregos para furar pneus e concertinas de arame). Em casos extremos, veículos pesados (como caminhões e até carros de combate) podem ser posicionados de forma transversal na rua ou portaria, a fim de impedir que algum carro tente furar o bloqueio e penetrar a área segura.
No Brasil, já tivemos casos como o do motorista João Antônio Gomes, que bêbado, em maio de 1989, furtou um ônibus na Rodoviária de Brasília e adentrou com o mesmo no Palácio do Planalto, subindo a rampa e estacionando o veículo dentro do saguão, há apenas cinco metros do elevador privativo do Presidente da República. Vale lembrar que em muitos dos ataques terroristas com carros-bomba perpetrados no Líbano, Israel, Chechênia e recentemente também no Iraque, os veículos carregados de explosivos não tiveram muita dificuldade em forçar a passagem através dos portões de acesso, explodindo no interior do perímetro, bem próximo das instalações que objetivavam destruir. Por mais que as ocorrências com carros-bomba não sejam usuais no Brasil, quando criminosos do PCC abandonam um veículo num Fórum Criminal de São Paulo com 40 kg de explosivos, independentemente da real vontade de explodir o carro, estão evidenciando a vulnerabilidade de nossos planejamentos de segurança e dizendo, em outras palavras, que poderiam vitimar impunemente juízes, funcionários e o público daquele local se assim o quisessem.
Como em todo planejamento de segurança física, é importante prever e ensaiar a atuação da segurança em caso de previsíveis emergências (tentativas de ataque/invasão, incêndio, evacuação médica, distúrbios civis etc). Como atuar se o segurado for atacado no interior do edifício? Como fazer se o segurado ficar acidentalmente preso em um elevador? Como fazer se, no meio de uma “ocupação pacífica” das instalações por um grupo reivindicatório numeroso, houver uma tentativa de tomar o segurado como refém? É absolutamente imprescindível que todos os seguranças saibam o que fazer nessas horas de emergência.
A verdadeira segurança não é fruto de ações amadoras ou improvisadas, mas sim de um planejamento escrupuloso e de um trabalho contínuo, levado a cabo por profissionais conscientes, disciplinados e bem treinados A carreira da segurança requer especialização, dedicação, estudo, treinamento, mas isso deveria ser valorizado por aqueles que utilizam os serviços de segurança, o que, na prática, quase nunca acontece. No Brasil infelizmente ainda nos falta a tradição de pensar em segurança de verdade. Ao mesmo tempo, a responsabilidade por tudo que ocorrer, principalmente o que acontecer de errado, sempre será dos responsáveis pela segurança. E isso, independentemente da inadequação dos meios disponíveis, dos baixos salários, da falta do investimento em treinamento e adestramentos periódicos, dos draconianos cortes orçamentários.
Em um órgão público é importante que as pessoas se sintam seguras, mas tal sensação, indispensável para a execução das rotinas do trabalho no local, apenas perdurará até a primeira ocorrência adversa, o que demonstra a inadequação da segurança em si. Abraham Lincoln disse que é possível enganar a todos algumas vezes. Pode-se até enganar a alguns por muito tempo. Mas não se pode enganar a todos o tempo todo.
Terroristas e criminosos não costumam se deixar enganar, até por planejarem muito bem suas ações, observando vulne-rabilidades. Hoje, via de regra, tendemos a apenas fingir que temos a segurança que nos serve. Mas tal tranqüilidade ilusória só durará até o destino nos proporcionar um revés suficientemente grande para não permitir que se ludibrie a todos os que, na mídia e na opinião pública, certa ou erradamente, sempre continuarão a cobrar as cabeças da segurança.

Autor Vinícius Domingues Cavalcante

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POR QUE DOAR?A carência de doadores de órgãos é ainda um grande obstáculo para a efetivação de transplantes no Brasil. Mesmo nos casos em que o órgão pode ser obtido de um doador vivo, a quantidade de transplantes é pequena diante da demanda de pacientes que esperam pela cirurgia. A falta de informação e o preconceito também acabam limitando o número de doações obtidas de pacientes com morte cerebral. Com a conscientização efetiva da população, o número de doações pode aumentar de forma significativa. Para muitos pacientes, o transplante de órgãos é a única forma de salvar suas vidas.Saiba mais no Site:http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/transplante-de-orgaos/doacao-de-orgaos.php
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