Segundo os vizinhos, o suspeito atira artefatos há três anos.
Ele diz que apenas se defende dos ataques dos demais moradores.
Moradores de um condomínio de luxo no Alto Leblon, Zona Sul do Rio, convivem há três anos com um vizinho que lança pedras, ovos e até bombas caseiras em janelas e jardins. Os ataques foram registrados em vídeo.
Por telefone, o vizinho admitiu que fez os ataques e afirmou que apenas responde às agressões feitas pelos moradores.
De acordo com vizinhos, do terraço de uma mansão do Jardim Pernambuco, o morador de 44 anos arremessa o que encontra pela frente e a ameaça os moradores com gritos e xingamentos. Com medo, as vítimas não querem se identificar.
“A sensação é de impotência, de medo, na verdade de pavor. Especialmente neste último fim de semana, a sensação era de estar em uma guerra, onde você estava sendo atacado. Você não sabia qual era o próximo passo por se tratar de uma pessoa desequilibrada”, contou uma moradora.
O local de onde os artefatos e pedras são atirados fica bem próximo à janela de uma outra vizinha: “Não temos hora, não temos sossego. Madrugada, de manhã, à tarde. Minhas filhas dormem muito assustadas, mudam de quarto. As pedras são atiradas a qualquer dia e a qualquer hora”, afirmou.
Aconselhada por um advogado, uma outra moradora botou uma câmera na janela para flagrar as ações 24 horas por dia e anota as sequências de ataques: “Está dormindo e acorda com uma explosão. Aí o seu coração dispara. É um terror”, explicou.
Diante das ameaças e da perturbação, os moradores já deram mais de 15 queixas na delegacia do Leblon. Lá descobriram que já há registros de ocorrência contra o vizinho desde 2004, pelo mesmo motivo.
A delegada responsável pelo caso informou que já abriu inquérito para dar início às investigações. O vizinho será intimado pela polícia a prestar depoimento e poderá ser indiciado por cinco crimes diferentes. Entre eles, empregar artefatos explosivo sem autorização, ameaça e tentativa de lesão corporal.
“Espero sim que alguma coisa aconteça. Que esse passo seja dado pela família e que ela atue neste sentido. De nos dar tranquilidade. De nos deixar viver como eles gostariam de viver, com tranquilidade”, disse outra moradora afetada.
Parentes do suspeito de fazer os ataques não foram encontrados para comentar o caso.
Emidio Campos
Gestor de Segurança
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