Os integrantes de uma quadrilha especializada em roubo a bancos e arrastões a condomínios recorriam a ameaças e violência para aterrorizar as vítimas, segundo a polícia. Ao todo, 14 suspeitos de integrar a quadrilha foram presos neste domingo (8) por policiais do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) da Polícia Civil.
Um dos carros utilizados pelo bando nas ações criminosas era uma cópia exata dos veículos da Polícia Civil e foi usado em pelo menos três assaltos. O disfarce incluía distintivos, algemas e coletes à prova de bala. A quadrilha tinha ainda metralhadoras, pistolas e uma granada anti-tanque.
Desde janeiro, a policia monitorava conversas telefônicas do grupo. E descobriu que um condomínio era o próximo alvo. O plano era entrar e fazer um arrastão durante a madrugada. Sairiam antes do amanhecer. “Eles amordaçavam as pessoas. eles aterrorizavam as pessoas”, disse o delegado Nelson Guimarães.
Para facilitar a entrada no prédio, os ladrões roubaram carros semelhantes aos de moradores e clonaram as placas. Um porteiro, suspeito de ajudar os bandidos, está sendo procurado. Os criminosos contavam com pelo menos um informante dentro da polícia.
O soldado da PM tinha papel importante na quadrilha. Segundo a investigação, era ele quem monitorava a frequência do rádio da polícia e avisava aos criminosos quando policiais militares se aproximavam de um prédio que estava sendo roubado. Ele fazia isso durante o horário de trabalho. o policial foi preso no inicio da tarde deste domingo.
“A participação de policial em qualquer quadrilha é preocupante, seja civil, seja militar. Por que? Porque ele tem condições especiais de informação, ele recebe informação, consegue monitora uma área. Saber o que está acontecendo, onde estão as equipes, quantas pessoas têm no patrulhamento da área. Quando esses dados são passados para marginais , realmente é preocupante, muito preocupante”, disse o delegado do Deic.
Emidio Campos
Gestor de Segurança
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