Chefe de facção não vai comparecer ao julgamento nesta terça (1º) em SP.
Já o outro acusado, Julinho Carambola, estará no Fórum da Barra Funda.

Carambola (esq.) e Marcola (dir.) serão julgados em São Paulo (Foto: Arquivo/G1)
O julgamento dos dois acusados de mandar assassinar o juiz-corregedor Antônio José Machado Dias em 2003 terá a segurança reforçada no fórum da Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo. A Polícia Militar, no entanto, não dá detalhes do esquema que será montado. No tribunal, será proibido fazer imagens e captar áudio.
O juiz Alberto Anderson Filho vai presidir o julgamento. Ele é o mesmo juiz do caso Suzane von Richthofen. Naquela ocasião, Suzane e os irmãos Cravinhos foram condenados pelo assassinato dos pais da jovem.
O julgamento desta quinta-feira (1º) terá início, por volta das 13h, no 1º Tribunal do Júri, no fórum da Barra Funda, na Zona Oeste da capital. Um deles, no entanto, não estará presente à sessão.
Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, considerado o chefe da facção criminosa que age de dentro dos presídios paulistas, é ausência certa.
Mas o outro acusado de ter ordenado o crime, Júlio César Guedes de Moraes, o Julinho Carambola, participará do júri popular. Ele também é tido como um dos chefes da facção de Marcola. Os dois estão presos na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau.
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O juiz-corregedor de Presidente Prudente Antônio José Machado Dias foi morto em uma emboscada, em 14 de março de 2003, quando deixava o fórum da cidade, a 558 km de São Paulo. Ele fiscalizava o CRP (Centro de Readaptação Penitenciária) de Presidente Bernardes, apontado, na época, como o presídio mais rígido do país.
Machado também era conhecido pelo rigor como juiz. No CRP, além das celas individuais, eram permitidas apenas duas horas diárias de banho de sol e não era possível ter acesso a jornais, rádio e televisão nem a visita íntima.
Marcola e Carambola foram denunciados pelo Ministério Público com base em depoimentos de outros acusados, que afirmaram que a ordem foi dada pelos dois em razão da rigidez do juiz na concessão de benefícios a presos da região. Os dois negam. Além de Marcola e Carambola, outras quatro pessoas foram denunciadas pelo assassinato _três já condenadas.
Marcola não viajará a São Paulo porque não conseguiu se reunir com seu advogado, que fez o aviso à Justiça. O julgamento, no entanto, foi mantido.
Marcola foi condenado a quase 40 anos de prisão por vários roubos. Ele também responde a outros processos, alguns decorrentes da onda de ataques a bases da PM em 2006. Naquele ano, ônibus também foram incendiados e policiais foram mortos em diversas ações pelo Estado.
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