Os proprietários de apartamentos estão cada vez mais preocupados com a segurança.
Em reuniões que participo como Gestor de Segurança e nos projetos que evidenciamos os riscos do condomínio, concluímos de imediato que as opiniões são totalmente distorcidas pelos membros do conselho do condomínio, colocam câmeras de TV por todos os lados e quem transita pelos ambientes e corredores está sendo filmado. Não se trata dos bastidores de um programa de reality show, mas das dependências da maioria dos condomínios habitacionais de médio e grande porte das metrópoles.
Verificamos no entanto a falta de conhecimento na operação dos equipamentos, e a falta de treinamento do ser humano.
Quanto mais notícias de aumento de criminalidade, na mesma proporção cresce a procura por equipamentos e sistemas eletrônicos de segurança. Para atender a esta demanda, o setor se especializa cada vez mais e coloca no mercado novidades.A ISC Brasil - Feira Internacional de Segurança Eletrônica, que aconteceu no Expo Center Norte, em São Paulo, de 24 a 26 de abril, reuniu as principais empresas fabricantes de soluções de segurança, as quais lançaram o que há de mais inovador e eficiente em proteção de imóveis. E na mesma cidade está agora acontecendo, até amanhã, a 15 Exposec - Internacional Security, no Centro de Exposições Imigrantes, que conta com 700 expositores e 1,1 mil marcas, que trazem soluções em centrais de monitoramento, centrais perimétricas, circuitos fechados, identificação por biometria, rastreamento de pessoas, entre outras novidades do setor.
"Como Proteger Seu Condomínio e Sua Família", observamos que o monitoramento eletrônico é um agente inibidor, mas não impede a ação criminosa. "É preciso que todos os moradores e os vigias do prédio tenham uma conduta preventiva, que saibam se comportar em caso de assalto ou sequestro. O ideal é que juntos, condôminos e funcionários, tenham treinamento de gerenciamento de crise", lembramos que muitas vezes os condomínios investem em equipamentos eletrônicos de segurança modernos, mas não sabem utilizá-los adequadamente, porque falta treinamento específico e também comunicação dos diferentes setores.
"O que fazer em caso de agressão? Como se portar quando há um assalto no prédio?" Essas perguntas, precisam ser combinadas previamente em grupo, criar um plano de ação, treinar os profissionais, selecionar as equipes adequadas.
Constatamos que muitas empresas terceirizadas, contratadas para fazer a zeladoria ou portaria do edifício, não são treinadas para cada necessidade. "Não há tratamento específico para este ou aquele tipo de condomínio, para cada grau de necessidade. E essas prestadoras de serviço revezam seu pessoal sem levar em conta as especificidades de cada condomínio. É preciso uma revisão de conceitos a cada troca de equipe", uma análise de risco e um profundo aperfeiçoamento da equipe de portaria seria uns dos caminhos a seguir para uma solução adequada da segurança do condomínio.
Observei também a forma de contratação do Porteiro, o condomínio preocupa-se somente na gama de conhecimentos quanto a generosidade, conhecimento em equipamentos como telefonia e outros inerentes a segurança do condomínio, será que o porteiro terá condições plenas de inibir, ou mesmo conduzir uma situação de risco?
Emidio Campos
Instrutor de Segurança
http://segurancadecondominio.blogspot.com
E mail - segurancaprivadasp@gmail.com
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