Ariel, um leão de 3 anos de idade, saiu de Maringá, no interior do Paraná, para São Paulo, no fim do mês passado em busca do tratamento e da descoberta da doença que o deixou tetraplégico no ano passado. Raquel Ferreira Borges da Silva, dona do animal, diz que o caso está sendo analisado por veterinários israelenses, que chegaram ao país apenas para examiná-lo. A história do leão tem mobilizado uma corrente de solidariedade pela internet.
Já são 8 mil amigos ajudando. A comunidade é graças a uma pessoa que aprecia meu trabalho. Estão angariando recursos, materiais e até brinquedos. Os recursos são para mantê-lo: gastos com medicação, alimentação, materiais higiênicos, suplemento alimentar, transporte e custos aqui em São Paulo”, afirma Raquel, que se intitula "mãe" do animal.Raquel é proprietária de um mantenedouro de animais em Maringá e tem licença do Ibama para cuidar de felinos em extinção, vítimas de maus-tratos e abandono. São 11 tigres e dois leões, incluindo Ariel. Os gastos em torno do bicho giram em R$ 600 por dia. “São 15 tipos de medicamentos de uso variado, 8 kg de carne por dia, 30 fraldas."
História
“Ariel nasceu em junho de 2008 de cesariana, depois de dois filhotes que nasceram de parto normal morrerem. Apesar de problemas respiratórios, não teve sequelas. Ele andava e corria normal e dormia comigo até os 10 meses de idade, chupando meu dedo”, diz Raquel, que o inclui na família como seu "quarto filho".
“Ariel nasceu em junho de 2008 de cesariana, depois de dois filhotes que nasceram de parto normal morrerem. Apesar de problemas respiratórios, não teve sequelas. Ele andava e corria normal e dormia comigo até os 10 meses de idade, chupando meu dedo”, diz Raquel, que o inclui na família como seu "quarto filho".
Ela conta que no aniversário dele, em 2010, uma brincadeira de pegar uma bexiga no ar provocou uma queda do animal. “A gente faz enriquecimento de ambiente para os tigres e leões, e fazemos caixas de papelão com carne dentro, bexigas com água e ar, para soltar em um recinto para eles brincarem. Ele nada e mergulha. Então, no aniversário dele, fizemos isso. Ao tentar pegar a bola de ar, ele caiu e já me olhou com jeito diferente. Entendi que tinha machucado."
Raquel diz que a partir deste momento Ariel começou a mancar e apresentar dores. Exames e medicamentos foram realizados sem sucesso. ”Começamos a pesquisar profissionais especializados em animais selvagens e chegamos até uma equipe médica em São Paulo, onde foram realizados exames. Ele fez ressonância magnética. É primeira vez que isso ocorre no Brasil, graças a uma empresa estrangeira que fez uma adaptação para ele. O exame foi feito em Osasco."
De acordo com a “mãe” de Ariel, o leão teve primeiro as duas patas traseiras paralisadas. Após uma cirurgia realizada em dezembro do ano passado, perdeu o movimento das quatro patas. A cirurgia foi realizada em Guaraulhos, Grande São Paulo, segundo ela, depois que foi diagnosticado que ele tinha uma hérnia de disco.
Há sete meses Ariel segue em tratamento no Paraná com fisioterapia, hidroterapia, acupuntura e laserterapia. Há duas semanas está em São Paulo para tratamentos e exames.
“Estamos com cuidados paliativos. Ele não recebe tratamento específico ainda até ser descoberto o tipo de doença degenerativa que ele tem”, afirma a veterinária Lívia Pereira Teixeira, que acompanha o leão há sete meses voluntariamente por ter se emocionado com o caso. Exames revelaram apenas que o animal sofre de uma doença na qual as células de defesa atacam as células saudáveis do próprio organismo.
“Fui voluntariamente [para Maringá] achando que seria apenas um mês, mas a primeira vez que ele olhou para mim foi amor à primeira vista”, lembra a veterinária.
Veterinárias de Israel
Lívia conta que, após uma série de pesquisas, descobriu uma equipe de veterinárias em Israel especialista em leões e que cuidaram de casos semelhantes. “São três veterinárias: duas neurologistas e uma anestesista”, conta. Logo o convite foi feito para que elas fizessem uma visita a Ariel. A vinda da equipe médica foi paga por uma modelo e uma empresa de suco.
Lívia conta que, após uma série de pesquisas, descobriu uma equipe de veterinárias em Israel especialista em leões e que cuidaram de casos semelhantes. “São três veterinárias: duas neurologistas e uma anestesista”, conta. Logo o convite foi feito para que elas fizessem uma visita a Ariel. A vinda da equipe médica foi paga por uma modelo e uma empresa de suco.
A modelo Graziela Barrette, de 26 anos, que mora em Nova York, diz que o irmão dela é amigo de uma das filhas de Raquel. “Sempre gostei de animais e resolvi ajudar. Eu e a empresa de suco custeamos as passagens, hotel e transporte da equipe. Não faço isso só por um animal, faria também por uma criança. Já ajudei pessoas em dificuldades também”, afirma a modelo, que é de Paranavaí (PR).
Ariel está hospedado na sala da casa da veterinária. A viagem foi feita em uma caminhonete no dia 19 de junho. Agora, Raquel diz que espera uma definição e não perde a esperança em ver Ariel caminhando novamente após os exames feitos pelas equipes de São Paulo e de Israel. “Acredito que em 30 dias deva sair um resultado."
Gestor de Segurança
http://segurancadecondominio.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário