Filipe Fernandes sofreu um AVC há quase seis anos e, desde então, ele e a mulher lutam pela possibilidade de fazer obras de adaptação nos espaços comuns do prédio onde moram, em Matosinhos.
Passou quase um ano desde a última vez que Filipe Fernandes foi a casa da filha lanchar. São apenas oito os degraus que o impedem de sair, há quase seis anos, do 3.º andar onde mora com a mulher, em São Mamede de Infesta, Matosinhos. Em 2006, um acidente vascular cerebral deixou este empresário dependente de uma cadeira de rodas para se deslocar. Desde então, o casal de septuagenários luta por uma autorização do condomínio para construir uma rampa de acesso para deficientes no prédio onde vive desde 1979.
Na verdade, são duas as rampas: uma no interior do edifício sobre os quatro degraus que dão acesso ao elevador e uma outra no exterior, nas escadas, até à rua. De aspecto frágil, Margarida Fernandes assume que não consegue suportar o peso do marido na cadeira de rodas. "São precisas pelo menos mais duas pessoas para o transportar até à rua."
Apesar de o casal estar disposto a suportar os custos da rampa, o condomínio opõe-se à obra.
Emidio Campos
Gestor de Segurança
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