Wagner Gonçalves era o único homem do grupo e era chamado de 'Clyde' e as loiras, de 'Bonnie'
Wagner Gonçalves, líder da gangue das loiras | Foto: Divulgação
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Alberto Pereira Matheus Junior, os crimes sempre eram cometidos por uma dupla. “O homem era sempre o mesmo e as mulheres se revezavam”, afirmou Junior. Mais cedo, em entrevista coletiva aos jornalistas, delegado disse que Wagner era considerado o 'Clyde', e as loiras, Bonnie, em referência ao famoso casal criminoso norte-americano da década de 30.
Presa suspeita de ser uma das loiras
No dia 9 deste mês, uma das loiras do grupo foi presa em Curitiba e transferida para a capital paulista. Carina Geremias Vendramini, 25 anos, suspeita de integrar o grupo, levava uma vida dupla para realizar os crimes.
Segundo o delegado titular da 3ª delegacia antisequestro, Alberto Pereira Matheus Junior, Carina é casada, mãe de uma criança de 2 anos e realizava os crimes em viagens que fazia para São Paulo, cidade em que tem parentes. Em Curitiba, onde morava com a família, trabalhava como operadora de telemarketing.Toda essa ação criminosa era feita sem que o marido soubesse, segundo a polícia.
Carina foi presa em seu apartamento, no Paraná. Ela já havia sido detida em 2008 por participação em roubo a condomínio, mas após ser libertada foi morar na Nova Zelândia, onde conheceu o marido, também brasileiro. Voltaram para o País e tiveram uma filha. A outra pessoa da família que sabia dessa vida dupla de Carina era a irmã, Vanessa Geremias Vendramini, que também fazia parte do grupo.
Carina Geremias Vendramini foi presa no dia 9 de março | Foto: Divulgação
Além de Carina e Vanessa, também integravam a quadrilha Wagner de Oliveira Gonçalves, que seria o líder, e sua mulher, Monique Awoki Casiota, a única morena do grupo. Segundo a polícia, os dois se chamavam de 'Bonnie' e 'Clyde' durante as ações, nomes do famoso casal criminoso norte-americano da década de 30. Franciely Aparecida P. dos Santos, Priscila Amaral e Silmara Lan eram as outras loiras do bando. A maior parte delas tem curso superior, dominam outros idiomas e tem alto nível sócio-econômico. Todos os integrantes da quadrilha, com exceção de Carina, vivem em São Paulo, e marcavam seus encontros na região da Bela Vista.
"Sem dúvidas, essa era uma das principais quadrilhas de sequestro relâmpago de São Paulo", afirmou Jorge Carlos Carrasco, diretor do DHPP, acrescentando que o grupo foi responsável por 50 crimes entre 2011 e 2012. A polícia investiga ações da quadrilha no Rio de Janeiro.
De acordo com a investigação da polícia, a quadrilha migrou dos roubos de condomínios para sequestros relâmpagos por volta de 2009. Wagner sempre participava das ações, e revezava sua parceira entre as mulheres do grupo, de maneira organizada, dificultando a identificação dos sete como um grupo coeso. Os alvos eram sempre mulheres, preferencialmente loiras, que, geralmente, eram surpreendidas em estacionamentos de shopings e supermercados.
Integrantes da 'Gangue das Loiras', que realizava sequestros relâmpagos em São Paulo | Foto: Divulgação
Emidio Campos
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