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terça-feira, 5 de junho de 2012

Balões causam tumulto nas ruas e em condomínio








A reportagem especial do Fantástico deste domingo é uma denúncia contra bandos que ignoram as leis, invadem casas, desrespeitam famílias, apelam para violência. Nessa época do ano, eles aterrorizam cidades de todo o Brasil. Eles são os baloeiros. A reportagem é de Júnior Alves e Tiago Eltz.
Todos os anos, a cena se repete. Em maio, junho e julho, balões põem em risco cidades inteiras. Nas ruas, os baloeiros tocam o terror na tentativa de resgatar essas bombas voadoras, como mostram os flagrantes exclusivos do Fantástico.

Às 8h30, em Piedade, Zona Norte do Rio, uma caminhonete entra na contramão, motos seguem pela calçada, um homem se espreme para não ser atropelado. Os baloeiros não respeitam nenhuma lei para conseguir o que querem.

Os motoqueiros nem usam capacete e cobriram a placa da moto com um plástico. Tudo para resgatar o balão que vai caindo em uma rua residencial, no que era para ser uma tranquila manhã de sábado.

Carros e motos vindos de todos os lados fecham a rua. O bando dispara atrás do balão. De repente, três estranhos estão em pé no muro, gritando por causa de um balão.

A rua fica cada vez mais cheia. De repente, o balão pega fogo em cima da rede elétrica. Por sorte, os fios não incendiaram e nem aconteceu um curto circuito. Os baloeiros continuam a disputa para ver quem leva os restos para casa, só que o terror ainda não acabou. Outro grupo invade casas para tentar pegar a bandeira do balão que caiu no telhado. Eles não conseguem o que querem e para descer se penduram na área de serviço da casa.

O Fantástico flagra mais uma invasão, agora em Osvaldo Cruz, também na Zona Norte carioca. O baloeiro sobe na varanda de uma casa, enquanto o resto da quadrilha espera o balão cair. O morador assiste a tudo pela janela, sem poder enfrentar a fúria incendiária. Toda essa ação criminosa começou horas antes.

É sempre de madrugada que baloeiros preparam os balões. Em um campo cercado de matas, no subúrbio do Rio, um balão de 20 metros de altura voa carregando muitos fogos de artifício.

Os baloeiros são exibidos. Divulgam as imagens na internet, inclusive quando os fogos explodem, colocando em risco quem está no chão. E também usam a rede para vender balões. Mas existem vendedores nas ruas, como um flagrado na manhã deste sábado (2) pelo Fantástico. Ele vende rifas, e o vencedor leva o balão.

Fantástico: Quanto é que está rifa?
Vendedor: Já foi.
Fantástico: Tudo?
Vendedor: Já. Aqui o meu balão é "premium". É o melhor do mundo.
Fantástico: Para vender não tem?
Vendedor: Tem do pequeno. Isso aqui é papel 18 gramas.

A lei de crimes ambientais é clara: é proibido fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios, não importa onde. A pena chega a três anos de prisão, mas o criminoso também pode simplesmente pagar multa. Mas, para os baloeiros, é como se a lei não existisse.

Uma feira de balões acontece todos os sábados pela manhã no mesmo local.

O Fantástico mostrou as imagens ao comandante do Batalhão Florestal do Rio. Ele diz que combater os baloeiros é difícil. “Feiras de balão eu desconhecia. Mas toda vez que conseguimos denúncias, a gente constata, prende. E locais que já temos como costumeiro, fazemos o patrulhamento. Agora, são itinerantes, nem sempre estão nos mesmos locais. É um crime difícil de ser combatido”, afirma André Vidal.

Na outra ponta da atividade criminosa, estão as gangues especializadas na recuperação dos balões quando eles caem.

Na Taquara, Zona Oeste do Rio, um balão cai no telhado de uma casa, antes das 8h de um sábado. Os baloeiros invadiram o condomínio e foram para o telhado. Não desistem nem mesmo depois que o balão pega fogo. Querem um pedaço da bandeira, que ficou preso na grade da casa, e que acaba pegando fogo também.

Quando o morador foi ver o que está acontecendo, os baloeiros já estavam na rua disputando o outro pedaço da bandeira. Fumegando, no telhado, ficou o resto da bucha, também chamada de tocha em outras regiões do país.

“Estava dormindo com o meu filho. Acordei com a gritaria, um movimento na rua, um falatório, quando ouvi o pessoal gritando 'vai cair, vai cair'. Levantei correndo, minha mãe estava assustada com a gritaria também. Ainda fui apagar fogo em cima do telhado”, conta o auxiliar administrativo Rafael Oliveira.

Para entrar no condomínio, a quadrilha fez ameaças. “Tinha um montão deles, mais de 100 atrás do balão. Eles entraram e fizeram esse ‘fuzuê’ todo dentro do condomínio. Chegaram a mostrar a arma. Dois deles chegaram a mostrar a arma”, conta uma testemunha.

As caçadas não ficam só em terra. As gangues usam lanchas para recuperar os balões que vão cair no mar. Na Baía de Guanabara, os barcos perseguem balões que passam próximos ao Aeroporto Santos Dumont.

De acordo com o artigo 261 do Código Penal, é crime colocar em perigo embarcação ou aeronave e impedir qualquer tipo de navegação. A pena chega a cinco anos de cadeia. “Esses balões, uma vez que são soltos, não se tem o controle o quanto eles sobem, para onde eles vão. Então, eles se tornam pedras no caminho das aeronaves”, afirma Luiz Cláudio Bastos, do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Do lado de fora da Baía de Guanabara, a equipe de reportagem flagra o momento em que três barcos cercam o balão. Um deles colocou o balão dentro da embarcação. Eles usam bambus em volta do barco, para poder descer o balão sem danificar.

O Fantástico mostra também o que acontece quando um balão, mesmo apagado, cai na rede elétrica. E nossa câmera especial, capaz de medir a temperatura do fogo, mostra do que uma bucha é capaz.

Fomos ao setor de treinamento de uma empresa de energia elétrica do Rio, acompanhados pelo Corpo de Bombeiros. A câmera mede o calor produzido pela bucha de um balão, uma bucha relativamente pequena. O coronel Marco Albino Pereira, do Corpo de Bombeiros, vê as imagens e afirma que, no local onde pega fogo, a bucha chega a registrar 800°C. “Acima do ponto de fusão do alumínio, que é 620°C. Esse calor derrete alumínio”.

Vem crescendo no Brasil um movimento que incentiva a soltura de balões supostamente ‘ecológicos’. Eles não têm buchas. São inflados com ar quente e o calor do sol ajuda a mantê-los no ar. Mas, se caírem em uma rede elétrica, o estrago é o mesmo.

O Fantástico faz uma simulação: técnicos soltam o balão, que está preso a uma cordinha. O balão bate na fiação, saem faíscas e ouve-se um estouro. “Há um curto-circuito. Esse curto circuito é capaz de romper os cabos. E ao romper os cabos a falta de energia é imediata”, afirma José Hilário Portes, superintendente de Operação e Manutenção de Redes.

Se o balão sem bucha cai sobre um transformador, os danos são ainda maiores. “Nos últimos três anos, em torno de 40 ocorrências nessas redes urbanas, deixando em média em torno de 80 mil clientes sem energia”, aponta José Portes.

Os baloeiros alegam que os balões ecológicos, como não carregam fogo, estão dentro da lei, mas a Aeronáutica diz que não. “Esses balões são ecológicos sob o ponto de vista de não carregaram fogo, mas eu diria que eles não são ecológicos, porque eles poluem os céus e podem vir a derrubar uma aeronave”, declara Luiz Cláudio Bastos.

Mesmo assim, na manhã deste domingo (3), um festival de balões sem bucha foi realizado em Itapecerica da Serra, Grande São Paulo, com conhecimento da Polícia Militar. Cabe à polícia reprimir ações criminosas e, segundo o Código Penal, é proibido colocar em perigo embarcação ou aeronave.

Em nota, a PM de São Paulo diz que foi ao evento para preservar a ordem pública. E, por telefone, a assessoria de comunicação disse que quem deve fiscalizar o espaço aéreo é a Aeronáutica. O Serviço de Proteção ao Voo de São Paulo informa que foi avisado sobre o festival na sexta-feira (1) e só depois do expediente, e que precisaria de, no mínimo, 12 dias para avaliar os possíveis riscos ao tráfego aéreo. E para o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, festivais como esse não podem ser realizados.

“Os balões que não levam pessoas são crime. Com esses, não há como pedir autorização para executar uma atividade criminosa”, alerta Luiz Cláudio Bastos.

Com ou sem bucha, a caçada aos balões continua. Na Pavuna, Zona Norte do Rio, um bando ignora o aviso de que a entrada é só dos moradores e invade mais um condomínio.

Em Jacarepaguá, na Zona Oeste, dá para entender por que esses crimes continuam sendo cometidos. Vários pais levam os filhos à soltura de um balão. Um pai chega a deixar o filho pequeno segurar a corda que prende o balão.

O pai que hoje diz ao filho que isso é bonito pode estar formando mais um baloeiro.

E neste domingo (3), a polícia prendeu duas pessoas no Rio que se preparavam para soltar mais três balões. Com eles, os policiais encontraram três maçaricos e material para a fabricação ilegal.

Um outro balão também chamou a atenção da polícia por causa do formato e do lugar onde ele caiu. O balão de 9 metros de altura foi parar dentro do Batalhão de Polícia de Choque do Rio de Janeiro.

De acordo com policiais que testemunharam a queda, eram 8h30 quando o balão gigante caiu no quartel da PM. Não houve danos ao prédio. E o balão tinha pintada a marca do Batman, que era a marca usada pelo ex-policial militar Ricardo Teixeira da Cruz para identificar um grupo de milícia que chefiava e que agia na Zona Oeste do Rio. Ricardo Cruz cumpre pena de 12 anos de cadeia.

Agora, a polícia diz que quer descobrir quem soltou o balão. Os responsáveis vão responder por crime ambiental.



Emidio Campos
Instrutor de Segurança
http://segurancadecondominio.blogspot.com
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