O Ministério Público Estadual de São Paulo recebeu, por volta das 18h30 desta quinta-feira (6), o relatório que a Prefeitura elaborou sobre a presença de gás metano no Conjunto Habitacional Zaki Narchi, na Zona Norte da capital. De acordo com a assessoria de imprensa do MP, o documento já foi entregue à promotora do Meio Ambiente Claudia Cecília Fedeli.
A promotora disse que analisará o relatório e que só deve se manifestar sobre o conteúdo do documento elaborado pela Secretaria Municipal de Habitação nesta sexta-feira (7).
Na quarta (5), Claudia Cecília tinha dado prazo para que a Prefeitura entregasse o documento até as 19h desta quinta. A exigência foi feita por ela em reunião com o secretário municipal de Habitação, Ricardo Pereira Leite.
O relatório deve conter as informações sobre a existência de gás metano no Cingapura e um cronograma indicando quando terá início a instalação de drenos, se necessários, no local. Além disso, a promotora pediu quais são as outras ações da Prefeitura para minimizar eventuais riscos de explosões no condomínio.
As 140 unidades localizadas no térreo dos 35 blocos do conjunto habitacional são as que mais preocupam a Promotoria, porque estão mais próximas da área que pode ter sido aterrada com lixo. Vizinho ao Shopping Center Norte, o conjunto habitacional foi construído a cerca de 300 metros do antigo lixão do Carandiru, que serviu de depósito de resíduos entre os anos 50 e 70. O condomínio também tem problemas de concentração de gás metano. Com o risco de explosão, por decisão da Justiça, o Center Norte fechou as portas na quarta.
De acordo com os técnicos da Cetesb, se drenos forem instalados no Cingapura, o risco de explosão será anulado. Antes de receber o relatório, a promotora Claudia Cecília informou que poderia entrar com uma ação pedindo a remoção das famílias que moram no conjunto habitacional.
Em nota, a Secretaria de Habitação informou que 2.787 pessoas moram no condomínio vizinho ao Center Norte e afirmou que o local “não está sob risco iminente” de explosão. Entre as propostas para minimizar os danos com a concentração do gás está a “instalação de 40 drenos, a maioria ao longo da fachada dos condomínios”.
Emidio Campos
Gestor de Segurança
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