Como funcionam as áreas comuns do prédio? Playground, piscina, salão de festas, academia... Apesar de muitos condomínios oferecerem diversões para os moradores, existem casos em que visitantes não podem desfrutar dos espaços. É comum, em alguns edifícios, o acesso de visitas à piscina, por exemplo.
Em um condomínio no Capão Redondo, Zona Sul de São Paulo, a piscina é só para moradores. Visitantes não entram. Os pequenos se fartam na água gelada, mas quando vêm os parentes, aí vira um drama. “Todo fim de semana meu irmão vem para cá com as crianças. Tento trazer para nadar e não pode, fica difícil”, reclama o morador Robson Correa.
Luciana de Oliveira desistiu de respeitar a regra. “Trago minha sobrinha para cá. Não pode, mas eu acabo trazendo. Ela tem 3 anos e, se não trouxer, ela faz um show lá em cima, fica na janela que dá de frente pra piscina.”
E então, qual seria uma boa solução quando muitos condôminos estiverem insatisfeitos? Rever as regras. Contudo, não cabe apenas ao síndico mudar o regulamento.
Marco Antonio do Vale, o síndico do condomínio no Capão Redondo, lamenta a regra que proíbe os visitantes de usar a piscina. “Infelizmente há uma regra e eu sou obrigado a dizer não, não pode usar. Infelizmente não pode, mas porque não pensamos em mudar?”, comenta.
Solução
Um dos moradores tem a solução. “Para criança visitante até 10 anos de idade seria o suficiente. A partir daí não mais.”
Um dos moradores tem a solução. “Para criança visitante até 10 anos de idade seria o suficiente. A partir daí não mais.”
“Seria uma ótima saída, amiguinho pequeninho está junto passando o dia, vai para a piscina. Marmanjo que foi lá tomar uma cerveja em casa e passar o dia, não pode ir para piscina, assim como não pode usar a academia”, orienta Márcio Rachkorsky, advogado especialista em condomínios.
Para criar uma nova regra no condomínio, só mesmo votando a mudança, democraticamente, numa assembleia. Nela, a vontade da maioria é o que vale. “A comunidade vai decidir o que é melhor para eles, é uma decisão de condomínio para o condomínio. Cada um escolhe o que é melhor para a sua realidade”, completa o advogado.
Assembleia
Tem gente que treme só de pensar na reunião de condomínio, mas não é o que acontece em um prédio no Morumbi, Zona Sul, onde a assembleia está lotada. Tudo isso porque o condomínio é novo e os moradores ainda estão empolgados.
Tem gente que treme só de pensar na reunião de condomínio, mas não é o que acontece em um prédio no Morumbi, Zona Sul, onde a assembleia está lotada. Tudo isso porque o condomínio é novo e os moradores ainda estão empolgados.
“O condomínio é meio que uma extensão da casa. Acho que é falta de comprometimento com decisões que eventualmente vão ser tomadas e que impactam na vida da pessoa”, diz Andréa Campos, gerente de recursos humanos.
“As assembleias de condomínio são muito engraçadas, nas primeiras vêm todos os moradores, todo mundo empolgado e vai passando os meses e começa a vir meia dúzia de gato pingado, essas seis pessoas decidem o futuro do condomínio. Depois vem a ata da reunião e os outros moradores reclamam, mas eu não aprovei isso: 'É um absurdo'”, comenta Fabíola Nedavaska, publicitária.
Emidio Campos
Gestor de Segurança
http://segurancadecondominio.blogspot.com
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