Solução para barulho é optar por paredes mais espessas.
Nova norma define que prédios devem ter uma boa acústica.
Barulho de salto alto, música no volume máximo, cachorro latindo sem parar. Tudo incomoda quando o que se quer é descansar depois de um longo dia de trabalho. E quando o barulho do vizinho tem dia e hora para começar? Em dias de jogos de futebol é assim: a paixão de uns vira o tormento de outros.
Os problemas, comuns nos condomínios, ainda podem se agravar se o prédio foi construído com paredes muito finas, por exemplo. Esse é um dos motivos que osvizinhos reclamam da música do rockeiro do NX Zero. “O som vaza porque ele é todo feito de dry wall. Então tudo o vizinho escuta”, comenta Gee Rocha.
Dry wall é o nome em inglês para um tipo de parede mais fina feita de gesso e papelão, cada vez mais comum nas construções. Uma das soluções para evitar o drama do barulho entre apartamentos é optar por paredes mais espessas, que contribuem para o isolamento acústico.
Construir prédios com uma boa acústica é mais caro, mas agora, as construtoras vão ter que arcar com essa despesa. Quem for comprar apartamento a partir de maio já pode começar a exigir.
“Uma norma define o desempenho acústico mínimo obrigatório que as construtoras devem atender. É uma coisa que não estava na agenda do consumidor e ele está agora percebendo que não é um problema da vida, é um problema de engenharia mesmo, que ele tem direito de correr atrás disso”, comenta Carlos Borges, vice-presidente de tecnologia do Secovi/SP.
“A primeira coisa é perguntar pro corretor de imóveis se aquela obra já tá adaptada aos novos padrões. E se ele responder que sim exigir que isso conste em contrato, que aquela construção obedece aos novos critérios construtivos. Isso garante 100% o comprador”, orienta Márcio Rachkorsky, advogado especialista em condomínios.
Dias de jogos
Gritos, provocações, gols, cantoria. Em dia de jogo de futebol, o barulho tem hora certa para começar, mas nunca se sabe quando irá acabar. “Meu marido comenta no serviço dele ‘hoje minha esposa não dorme que é dia de jogo’”, comenta a assistente administrativo Lenice de Camargo.
“É difícil coibir o pessoal, não tem como. São muitos apartamentos”, diz o síndico de um condomínio no bairro do Limão, Zona Norte.
“O síndico muitas vezes se envolve na bagunça, num jogo de futebol barulhento ou numa festa porque ele também é morador, também é condômino. Então para ele se aplicam todas as penalidades e todas as normas. Se ele passar da conta, ele vai ser advertido e vai ser multado como qualquer outro vizinho”, explica Rachkorsky.
Em dia de jogo as torcidas se reúnem, tanto as que são a favor quanto as do contra. Só que a bagunça extrapola os limites do apartamento. Primeiro vem a concentração no jogo, mas na hora do gol... “Tenho vizinhos em cima que reclamam um pouco, mas eu acho que o pessoal tem que entrar no espírito”, fala Eduardo da Silva.
Cigarro e cachorros
Desde terça-feira (18), o SPTV apresenta a série “Meu Condomínio tem Solução”. A repórter Marina Araújo mostrou as queixas de vizinhos que ficam incomodados com o cheiro de cigarro, fumaças e bitucas jogadas em jardins. Na quarta-feira (19), a repórter abordou os problemas com o campeão de reclamações: o cachorro. Latidos, sujeira, uivos, elevador e outras questões foram o tema central da discussão.
Emidio Campos
Gestor de Segurança
http://segurancadecondominio.blogspot.com
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