Imagens feitas com um celular pouco antes do acidente com uma lancha no Lago Paranoá, em Brasília, na madrugada de sábado (22), mostram que a embarcação poderia estar superlotada quando afundou. A capacidade do barco era para no máximo seis pessoas. Mas, segundo testemunhas, 11 estavam a bordo. Oito foram resgatadas pelos bombeiros, uma conseguiu nadar até as margens do lago e duas irmãs continuam desaparecidas.
O vídeo foi feito pelo webdesigner Welvis Fernandes, que estava em outro barco. A suposta superlotação chamou a atenção do rapaz.
“Na hora que comecei a gravar, comentei com o meu amigo que poderia virar. Ele também percebeu. Ele apontou e comentou, junto comigo, que o pé da última pessoa estava molhando”, lembra Welvis.
Desde a madrugada de sábado, três barcos, dois jet skis, um helicóptero e 20 mergulhadores procuram as duas jovens desaparecidas. Cães farejadores também trabalham nas buscas.
O comandante-geral do Corpo de Bombeiros reconhece que este é um problema que se repete no Lago Paranoá. “As festas são comuns e normalmente a embarcação e o condutor estão irregulares. Em relação à capacidade de lotação, é um problema que vem ocorrendo e nós estamos atentos”, afirma o coronel Porto.As irmãs Liliane e Juliana Queiroz de Lira estavam na lancha que afundou e continuam desaparecidas. O piloto e dono, José da Rocha Costa Júnior, passou pelo teste do bafômetro. Foi comprovado que ele havia bebido, mas dentro do limite permitido por lei.
O governo do Distrito Federal, em parceria com a Marinha e o Corpo de Bombeiros, já estuda a possibilidade de restringir o uso das embarcações e aumentar a fiscalização. Nesta segunda-feira (24), deve chegar um equipamento do Rio de Janeiro para auxiliar nas buscas no fundo do lago.
“É um sonar. Ele joga um feixe sonoro pra baixo e, com isso, a gente vê exatamente como é o fundo. Com isso a gente pode, por exemplo, localizar a embarcação”, explica o almirante Walter Carrara.
Até agora, um blazer, um tênis e um sapato foram encontrados na área onde pode ter ocorrido o acidente. O local tem cerca de 25 metros de profundidade, o que dificulta as buscas. Outra filha que estava na lancha permanece internada no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Ela revelou ao pai detalhes do que passou antes do acidente.
“Os caras fazendo zigue-zague e ela implorando. Na hora que a lancha tombou e que ela não viu mais a irmã, ela ficou louca”, conta o pai, Ademir Barbosa de Lira.
As buscas no Lago Paranoá recomeçaram às 6h desta segunda. Mais de 30 bombeiros mergulhadores vão se revezar, durante o dia, nas buscas pelas duas jovens desaparecidas.
Emidio Campos
Gestor de Segurança
http://segurancadecondominio.blogspot.com
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