Famílias de Eldorado do Sul sofrem calote de cooperativa habitacional
Obra de empreendimento popular está parada desde fevereiro
Há três meses, 189 casas inacabadas estão abandonadas em meio ao mato, no que hoje deveria ser o condomínio A do Conjunto Popular Delta do Jacuí, em Eldorado do Sul. Iniciada em março de 2009, a obra pertence ao Sistema Multiplicador de Habitação Cooperativa Ltda (Simacoop).
No local onde deveriam ser construídos sobrados de cinco peças, apenas as paredes térreas foram erguidas. A maior parte delas está depredada. Ao ver a situação, a professora Marta Telles de Miranda, 28 anos, que comprou um dos imóveis, desistiu de continuar pagando as 240 prestações feitas via Caixa Econômica Federal (Cef). Resultado: está no SPC desde o mês passado, mesmo não vendo a continuidade da obra.
– Paguei as oito primeiras prestações, mas parei no momento em que não vi mais ninguém trabalhando. Agora, eu e o meu marido estamos com o nome sujo. O nosso sonho da casa própria foi destruído – desabafou.
- Finalização em até um ano
O presidente da Simacoop, Irineu Bortolini, reconhece que a cooperativa abandonou o local nos últimos meses, depois de ter mais de R$ 80 mil de prejuízos na etapa anterior da obra:
– Em setembro, houve uma invasão no condomínio B, com depredação das casas. Para entregá-las aos verdadeiros donos, tivemos que fazer inúmeras reparações. Então, o dinheiro foi destinado para isso.
Segundo Irineu, as obras serão retomadas até a próxima semana.
– Nós temos o compromisso de refazer o que foi destruído. A meta é finalizá-los em até um ano.
- Caixa se defende
Por meio da assessoria de imprensa, a Cef informou que cabe à Simacoop coordenar a execução das obras de acordo com o projeto aprovado. Até agora, segundo a Caixa, a cooperativa concluiu os condomínios B e C – 416 residências. Em março de 2009, foi contratada a etapa do A. Com a paralisação da obra, a Cef notificou a Simacoop em março e abril deste ano.
Com relação aos pagamentos em atraso, a Caixa informou que, como as negociações para a retomada da obra estão em andamento, as parcelas continuarão sendo cobradas.
- Ministério Público Federal ouvirá Cef
No início deste mês, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão encaminhou a questão ao Ministério Público Federal. O caso está nas mãos da procuradora da República Fabíola Dörr Caloy. Ela pretende ouvir a Caixa Econômica Federal em junho. O objetivo é saber qual a responsabilidade do órgão na construção dos sobrados e se a Cef também é responsável pelo prejuízo dos futuros moradores.DIÁRIO GAÚCHO
No local onde deveriam ser construídos sobrados de cinco peças, apenas as paredes térreas foram erguidas. A maior parte delas está depredada. Ao ver a situação, a professora Marta Telles de Miranda, 28 anos, que comprou um dos imóveis, desistiu de continuar pagando as 240 prestações feitas via Caixa Econômica Federal (Cef). Resultado: está no SPC desde o mês passado, mesmo não vendo a continuidade da obra.
– Paguei as oito primeiras prestações, mas parei no momento em que não vi mais ninguém trabalhando. Agora, eu e o meu marido estamos com o nome sujo. O nosso sonho da casa própria foi destruído – desabafou.
- Finalização em até um ano
O presidente da Simacoop, Irineu Bortolini, reconhece que a cooperativa abandonou o local nos últimos meses, depois de ter mais de R$ 80 mil de prejuízos na etapa anterior da obra:
– Em setembro, houve uma invasão no condomínio B, com depredação das casas. Para entregá-las aos verdadeiros donos, tivemos que fazer inúmeras reparações. Então, o dinheiro foi destinado para isso.
Segundo Irineu, as obras serão retomadas até a próxima semana.
– Nós temos o compromisso de refazer o que foi destruído. A meta é finalizá-los em até um ano.
- Caixa se defende
Por meio da assessoria de imprensa, a Cef informou que cabe à Simacoop coordenar a execução das obras de acordo com o projeto aprovado. Até agora, segundo a Caixa, a cooperativa concluiu os condomínios B e C – 416 residências. Em março de 2009, foi contratada a etapa do A. Com a paralisação da obra, a Cef notificou a Simacoop em março e abril deste ano.
Com relação aos pagamentos em atraso, a Caixa informou que, como as negociações para a retomada da obra estão em andamento, as parcelas continuarão sendo cobradas.
- Ministério Público Federal ouvirá Cef
No início deste mês, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão encaminhou a questão ao Ministério Público Federal. O caso está nas mãos da procuradora da República Fabíola Dörr Caloy. Ela pretende ouvir a Caixa Econômica Federal em junho. O objetivo é saber qual a responsabilidade do órgão na construção dos sobrados e se a Cef também é responsável pelo prejuízo dos futuros moradores.
E
Emidio Campos
Gestor de Segurança
http://segurancadecondominio.blogspot.com
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