
Pistolas, revólveres e metralhadora eram as armas da quadrilha. Nove bandidos invadiram o prédio, um estava de terno e gravata, roupa igual a usada pelos porteiros.
O bando rendia quem chegava. “A hora que eu desci do carro, na garagem , dois me renderam uma metralhadora e uma arma”, conta”, diz Márcio Mafra, administrador de empresas.
Quinze pessoas ficaram reféns, nas escadas do prédio por duas horas. Um dos moradores conseguiu avisar a polícia. Os bandidos tentaram fugir. Trocaram tiros com os policiais. Seis foram presos, três morreram.
Só este ano foram 32 arrastões a condomínios em São Paulo, um crime que se espalha por todo o país.
Em Curitiba, os ladrões foram flagrados quando levavam uma das câmeras do sistema de segurança. Num prédio, no interior de São Paulo, ladras saem levando o cofre, cheio de jóias.
Setenta e oito por cento dos casos de roubo a condomínio, no estado de São Paulo foram registrados em prédios, mas o número de assaltos a condomínios de casas está aumentando.
Uma família foi assaltada há um ano. Os ladrões ficaram dentro da casa por mais de uma hora. “A minha esposa e meu filho estão realmente traumatizados ainda”, conta o homem.
Condomínios que ficam no litoral e na zona rural se tornam alvo mais frequente dos bandidos. Segundo a polícia, os ladrões visam casas e chácaras mais distantes dos grandes centros urbanos.
A família de um homem estava numa chácara em Itu. Dois ladrões invadiram o local, roubaram objetos pessoais e, na fuga, levaram o filho dele, de 17 anos. O rapaz só foi libertado na capital.
“O bandido até prometeu para ele que voltava para fazer uma visita”, comenta.
A sequência dos assaltos levou a polícia de São Paulo a mudar a forma de combate a roubo de condomínios. Pela primeira vez, um grupo especial formado por delegados e investigadores vai se dedicar exclusivamente a apurar esse tipo de crime.
Nos boletins de ocorrência, os arrastões que são registrados como "roubo a residência", vão passar a constar como "roubo a condomínio". E todos os casos vão ser encaminhados à nova delegacia, que já começa a traçar o perfil dos criminosos.
“Pessoas que foram presas recentemente na prática de crime envolvendo roubo a condomínio elas tinham antecedentes no crime de roubo a banco, por exemplo, crime envolvendo estabelecimento comercial. Existe provavelmente uma migração, talvez pela dificuldade que estão encontrando em alguns setores e a facilidade eventualmente nos condomínios”, comenta Waldomiro Milanesi, delegado.
Em São Paulo existem 40 mil condomínios. Os dados da secretaria de Segurança mostram que só até o começo de agosto foram registrados 32 casos de roubos. A maioria dos arrastões é feita entre seis da tarde e meia noite.
Invade prédio
E no Recife, moradores de um condomínio na Praia de Boa Viagem viveram momentos de terror nesta manhã.
Um homem invadiu o prédio armado com uma faca. Os moradores pensaram que era um assalto, mas o invasor foi direto ao apartamento da ex-companheira e a matou. Em seguida, se jogou do quarto andar do edifício.
Fonte: G1
Divulgação
Emidio Campos
Consultor de Segurança
Nenhum comentário:
Postar um comentário