
Oscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares Filho (Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 1907) é um arquiteto brasileiro, considerado um dos nomes mais influentes na Arquitetura Moderna internacional. Foi pioneiro na exploração das possibilidades construtivas e plásticas do concreto armado. Ele tem sido exaltado pelos seus admiradores como grande artista e um dos mais importantes arquitetos de sua geração. Aqueles que não o admiram dizem que é vaidoso, frívolo e contraditório. Ironicamente, estes últimos deram-lhe a alcunha de "arquiteto oficial", graças ao seu grande prestígio junto aos políticos . Seus trabalhos mais conhecidos são os edifícios públicos que desenhou para a cidade de Brasília.
Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo, o universo curvo de Einstein.
Filho de Oscar de Niemeyer Soares e Delfina Ribeiro de Almeida [3], Oscar Niemeyer nasceu no bairro de Laranjeiras, na rua Passos Manuel, que receberia no futuro o nome de seu avô Ribeiro de Almeida, ministro do Supremo Tribunal Federal. Niemeyer foi profundamente marcado pela lisura na vida pública do avô, que como herança os deixou apenas a casa em que morava e cuja regalia era uma missa em casa aos domingos.
Niemeyer passa a sua juventude sem preocupações e na boêmia, frequentando o Café Lamas, o clube do Fluminense[4] e a Lapa. Em suas palavras: "parecia que estávamos na vida para nos divertir, que era um passeio."

Aos 21 anos, se casa com Annita Baldo, filha de imigrantes italianos da província de Pádua e conclui o ensino secundário. Após o casamento, diante da responsabilidade que havia assumido, começa a trabalhar e resolve retomar os estudos. Começou, então, a trabalhar na oficina tipográfica do pai e ingressou na Escola Nacional de Belas Artes, de onde saiu formado como arquiteto e engenheiro em 1934. Desde sempre idealista, mesmo passando por dificuldades financeiras, decidiu trabalhar sem remuneração no escritório de Lúcio Costa e Carlos Leão. Não lhe agradava a arquitetura comercial vigente e viu no escritório de Lúcio Costa uma oportunidade para aprender e praticar uma nova arquitetura.
Niemeyer tem somente uma filha, Anna Maria Niemeyer, que lhe deu cinco netos, treze bisnetos e quatro trinetos. Viúvo desde 2004, Niemeyer em novembro de 2006, casou-se com sua secretária, Vera Lúcia Cabreira, de 60 anos. Aos cem anos trabalha todos os dias em seu escritório em Copacabana.
[editar]Posições político-ideológicas
"As idéias marxistas continuam perfeitas, os homens é que deveriam ser mais fraternos"
Oscar Niemeyer

Com Leonel Brizola, em 2002, na casa do arquiteto.
A luta política é uma das questões que sempre marcaram a vida e obra do arquiteto. Em 1945, já um arquiteto conhecido, conheceu Luís Carlos Prestes e filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB). Niemeyer emprestou a Prestes a casa que usava como escritório, para que este montasse o comitê do partido. Sempre foi um forte defensor de sua posição como stalinista.Durante alguns anos da ditadura militar do Brasil autoexilou-se na França. Um ministro da Aeronáutica da época diria que "lugar de arquiteto comunista é em Moscou". Visitou a União Soviética, teve encontros com diversos líderes socialistas e foi amigo pessoal de alguns deles.
Em 2007 presenteou Fidel Castro com uma escultura de caráter antiamericano: uma figura mostruosa ameaçando um homem que se defende empunhando uma bandeira de Cuba.Em seu discurso de 2007, onde Fidel fala em aposentadoria, faz referência ao amigo Niemeyer: "Penso como (o arquiteto brasileiro Oscar) Niemeyer, que se deve ser conseqüente até o final". Esta frase foi repetida em sua carta de renúncia de 18 de feveiro de 2008.
Não me sinto importante. Arquitetura é meu jeito de expressar meus ideais: ser simples, criar um mundo igualitário para todos, olhar as pessoas com otimismo. Eu não quero nada além da felicidade geral.
— Oscar Niemeyer
Apesar do discurso comunista, da fama de ser desapegado de dinheiro e pródigo, de ter doado diversos projetos e não ter acumulado fortuna, seus projetos custam altas cifras ao Estado: em 2007, cobrou 7 milhões de reais pelo projeto da nova sede do Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília., tendo sua empresa recebido 33,5 milhões de reais do governo federal, entre 1996 e 2008, apenas por projetos de obras em Brasília.

Os engenheiros
Dada a preferência pelo concreto armado e o desenvolvimento das inúmeras possibilidades fornecidas pelo mesmo, as obras de Niemeyer contaram com a fundamental parceria dos engenheiros Joaquim Cardozo (1897-1978) e José Carlos Sussekind (1947), sendo o primeiro responsável pelo cálculo da maioria das obras da construção de Brasília e o segundo pelas obras da década de 70 até a atualidade. Juntos, Oscar Niemeyer e José Carlos Sussekind publicaram em 2002 o livro Conversa de Amigos - Correspondência entre Oscar Niemeyer e José Carlos Sussekind, uma coletânea das cartas trocadas entre os amigos desde março de 2001 até o início de 2002, onde falam de assuntos diversos: desde arquitetura e engenharia àliteratura, filosofia e atualidade política.
Divulgação
Emidio Campos
Consultor de segurança
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